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O tribunal concluiu que Sheikh Hasina autorizou o uso de força letal, resultando na morte de cerca de 1.400 pessoas. A antiga líder, de 78 anos, foi julgada à revelia, estando exilada na Índia desde julho de 2024.
Sheikh Hasina rejeita as acusações, afirmando tratar-se de um processo político e de um julgamento injusto. A Índia, onde se encontra refugiada, não demonstra intenção de a extraditar, pelo que a sentença dificilmente será executada, segundo a BBC.
A decisão marca um momento decisivo na política do Bangladesh, reforçando a legitimidade do movimento que desencadeou o fim dos 15 anos de governo de Sheikh Hasina — um período de crescimento económico, mas também de crescente repressão, prisões arbitrárias e desaparecimentos. Depois da sua fuga, foi instalado um governo interino liderado pelo laureado com o Nobel da Paz, Muhammad Yunus.
O tribunal considerou Sheikh Hasina culpada de três crimes, incluindo incitamento, ordens de assassinato e falha em impedir atrocidades. A ONU reconheceu que a sentença representa um momento importante para as vítimas, mas lamentou o uso da pena de morte.
O país vive forte instabilidade desde que começou o julgamento, com explosões, incêndios de autocarros e protestos em Dhaka. Familiares das vítimas afirmam querer uma punição exemplar. A Liga Awami, o partido de Sheikh Hasina, foi entretanto proibido de participar nas eleições marcadas para fevereiro de 2026.
Sheikh Hasina afirma que enfrentaria o tribunal se lhe fosse garantido um processo justo e tem pedido que o caso seja remetido para o Tribunal Penal Internacional. No entanto, analistas alertam que a condenação poderá tornar ainda mais difícil o regresso do seu partido à vida política do país, a menos que haja um pedido de desculpas ou um afastamento claro da antiga liderança.
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