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O debate sobre a restituição de artefactos africanos ganha uma abordagem inovadora com “Relooted”, o novo videojogo do estúdio sul-africano Nyamakop, que será lançado para PC e Xbox, diz a CNN.
No jogo, os jogadores formam uma equipa de cientistas, programadores e lutadores de MMA, guiados pela professora Grace — uma historiadora de arte reformada e frustrada com a lentidão das restituições — para planear o “roubo” de artefactos africanos que se encontram em museus ocidentais. "É roubo recuperar o que foi roubado?”, é questionado no trailler do jogo, que ainda não tem data oficial de lançamento.
A premissa do jogo não é violenta: os artefactos são recuperados através de estratégias e raciocínio, em vez de força bruta, refletindo o contraste entre a forma como muitos destes objetos foram originalmente subtraídos e a forma imaginativa de os devolver.
Entre os 70 artefactos disponíveis para “Relooted” encontram-se peças emblemáticas, como uma máscara Yehoti dos Bwa do Burkina Faso e a célebre Cabeça de Ouro Asante, saqueada pelos britânicos durante a Guerra Anglo-Asante de 1873-74 e atualmente preservada na Wallace Collection, em Londres.
No jogo, os museus do Ocidente são representações fictícias, que substituem instituições como o Metropolitan Museum of Art, em Nova Iorque, e o British Museum, em Londres, por versões genéricas do “Velho Mundo” europeu e do “Lugar Brilhante” americano, inspiradas em Las Vegas e Times Square.
A quantidade de arte africana fora do continente é alarmante: segundo um relatório da UNESCO de 2009, entre 90% e 95% da arte da África subsaariana encontra-se fora do continente, privando as sociedades africanas de uma parte significativa da sua herança cultural.
De recordar que a restituição de artefactos é um processo legal complexo. Países africanos têm feito pedidos formais de devolução, mas algumas legislações dificultam a devolução.
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