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De acordo com as informações enviadas à Antena 1, registaram-se dez casos em agosto, três em setembro e 16 em outubro, revelando um crescimento face à média mensal de 11 casos observada este ano.

As duas entidades referem que, “desde junho de 2024 há um número reduzido, mas contínuo de casos de mpox reportados todas as semanas”. Contudo, “nas últimas semanas observou-se um aumento do número de casos, sugerindo uma possível intensificação da transmissão, embora ainda sem evidência de um novo pico epidémico”, explicam a DGS e o INSA.

Primeiro caso da variante mais preocupante

Nos dados divulgados à Antena 1, as autoridades confirmam ainda o primeiro caso em Portugal da variante clade Ib, considerada mais preocupante. A infeção foi detetada a 17 de outubro, num indivíduo sem histórico de viagem, o que “assemelha-se ao padrão observado noutros países da União Europeia”.

“Embora se tenha verificado um aumento de casos reportados por clade IIb em outubro de 2025, em relação à média do ano de 2025, a interpretação deste aumento depende ainda de confirmação laboratorial e da evolução dos casos notificados nas próximas semanas”, lê-se na nota enviada à rádio pública.

Segundo o Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças (CEPCD), cinco casos recentes da clade Ib sem histórico de viagem — registados em Itália, Espanha, Países Baixos e agora em Portugal — “representam um padrão diferente de transmissão de infeções da clade I” e “indicam que a transmissão pode estar a ocorrer em redes sexuais entre homens que fazem sexo com homens em vários países da União Europeia/Espaço Económico Europeu”.

O CEPCD indica ainda que o risco geral de infeção por esta variante é “moderado” para homens que fazem sexo com homens e “baixo” para a população em geral, sublinhando que a vacina continua a oferecer proteção contra a doença grave. Para a clade IIb, a eficácia estimada de duas doses é de 82%, descendo para 20% quando administrada após a exposição ao vírus.

Casos concentram-se em homens e na região de Lisboa

À semelhança dos surtos anteriores, 86% dos casos notificados desde agosto referem-se a homens que tiveram sexo com outros homens, com idades entre os 25 e os 57 anos.

Nos três surtos anteriores, a Área Metropolitana de Lisboa concentrou 75% dos casos até fevereiro de 2025, num total de 1.202 infeções desde o primeiro surto em 2022. Apenas duas mortes foram registadas, ambas em doentes imunocomprometidos.

Autoridades em alerta, mas sem novo surto declarado

Apesar do aumento recente, a DGS e o INSA não falam ainda em quarto surto, limitando-se a reforçar a vigilância epidemiológica.

“A Direção-Geral de Saúde mantém a monitorização da situação de novos casos de mpox a nível nacional e internacional e reforça as recomendações para a vacinação preventiva da população com maior risco de infeção”, afirmam as autoridades.

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