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Já houve várias versões, mas a última foi aprovada pelo Senado esta terça-feira, com o voto de desempate do vice-presidente, J.D. Vance.

A "grande e bela" lei, como Trump a batizou, vai agora regressar à Câmara de Representantes, onde enfrenta rejeição dos democratas e de muitos republicanos que se opõem aos drásticos cortes sociais.

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O projeto de lei alarga os cortes de impostos do primeiro mandato de Trump, financia o muro na fronteira e apresenta cortes ao apoio federal que ajuda os americanos a pagar por alimentação e seguro de saúde.

Mas, quem são os principais afetados e de que forma?

Quem precisa de ajuda para comprar comida

Segundo a CNN, mais americanos que recebem vales-alimentação terão que trabalhar para manter os benefícios.

O projeto de lei amplia a obrigatoriedade de trabalho existente para pessoas com idades entre os 55 e os 64 anos, pais de crianças com 14 anos ou mais, veteranos de guerra, crianças que estiveram em casas de acolhimento e pessoas em situação de sem-abrigo.

Muitos estados terão que começar a financiar parte dos custos dos vales-alimentação, pela primeira vez, e arcar com uma parcela maior dos custos administrativos.

Os hospitais e quem tem Medicaid

Para muitos dos que estão inscritos no programa de saúde social, Medicaid, o maior impacto será a nova exigência de trabalho. Americanos fisicamente aptos, com idades entre os 19 e os 64 anos, terão que trabalhar, ser voluntários ou frequentar a escola durante, pelo menos, 80 horas por mês.

Os hospitais alertam que os cortes ao Medicaid podem forçar alguns hospitais - principalmente em áreas rurais - a fechar as portas, limitar os serviços e reduzir o quadro de funcionários.

Idosos

Os idosos vão receber um aumento de seis mil dólares nas suas deduções base dos impostos. Para os que ganham mais do que 75 mil dólares anuais, o bónus será progressivamente reduzido.

Estudantes com empréstimos

Haverão novos limites para os valores dos empréstimos estudantis federais para mestrados e pós-graduações.

Vão também ser reduzidas as oportunidades de adiamento ou tolerância ao pagamento dos empréstimos.

Universidades privadas

O foco principal do projeto de lei são os cortes de impostos, mas nem todos os que pagam impostos pagarão menos.

As universidades privadas pagam um imposto de 1,4% sobre as suas doações. Agora, o imposto pode ser elevado até 8% para faculdades cujas doações excedam os dois milhões de dólares por aluno matriculado.

Entre elas, estão instituições como Harvard, Yale, Stanford, MIT e Princeton.

Imigrantes

O projeto de lei limita quem pode receber subsídios federais, como vales-alimentação e Medicaid.

Alguns imigrantes, como refugiados, requerentes de asilo, e vítimas de violência doméstica e tráfico sexual, não serão qualificáveis.

Além disso, os imigrantes vão ter que pagar taxas mais altas para solicitar vários programas, incluindo asilo, autorização de trabalho e estatuto de proteção temporária.

Estão ainda reservados 46,5 mil milhões de dólares para a construção de um muro na fronteira e outros 45 mil milhões para a detenção de pessoas sem documentos.