
Acompanhe toda a atualidade informativa em 24noticias.sapo.pt
A Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) confirmou que a maior central nuclear europeia ficou fora de funcionamento, o que aconteceu pela nona vez desde o início da invasão russa, em fevereiro de 2022, e pela primeira vez no último ano e meio.
"Um ataque inimigo provocou um apagão na central nuclear de Zaporijia", escreveu o ministro ucraniano na rede social Facebook, acrescentando que a linha afetada liga a central à rede elétrica do país.
Desde o início da invasão em grande escala, “a central já sofreu apagões totais oito vezes e esteve repetidamente à beira da extinção”, alertou Galushchenko, destacando que “este é mais um ato de terror nuclear por parte dos russos".
Por sua vez, a AIEA confirmou nas suas redes sociais que a central perdeu a ligação ao sistema elétrico às 17:36 locais de hoje (15:36 em Lisboa), o primeiro incidente do género desde o final de 2023.
Segundo o líder da agência da ONU, Rafael Grossi, a unidade de Zaporijia está agora a operar apenas com geradores diesel de emergência, “o que sublinha a situação extremamente precária da segurança nuclear”.
Embora os seis reatores da central estejam desligados, os seus sistemas de arrefecimento e segurança ainda requerem uma fonte de energia estável para arrefecimento e outras tarefas essenciais.
A AIEA, que mantém uma missão permanente em Zaporijia desde setembro de 2022 e envia equipas para outras centrais ativas, desempenha um papel fundamental na monitorização e na proteção das instalações nucleares ucranianas desde o início da invasão russa.
No caso de Zaporijia, Grossi tem exigido repetidamente uma zona desmilitarizada nas imediações da central localizada numa região ocupada pela Rússia, para evitar qualquer tipo de incidente nuclear, mas a sua proposta não foi atendida.
Comentários