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De acordo com o Expresso, o Tribunal de Sintra absolveu Carloto Cotta de todos os nove crimes de que era acusado no caso de violação e sequestro de uma mulher que tinha conhecido numa livraria. O Ministério Público já tinha pedido a absolvição do ator.

O juiz Carlos Camacho apresentou como factor decisivo as "incongruências" do depoimento da assistente que "contou versões diferentes do que aconteceu na GNR, na PJ, nas declarações para memória futura e no próprio tribunal".

Carloto Cotta confessou estar "aliviado" por ter terminado um processo "dantesco e kafkiano" e pediu que a "presunção da inocência prevaleça em casos semelhantes no futuro".

"Sinto-me como me sentias antes, inocente", declarou.

Associações de apoio especializado à vítima de violência sexual:

Quebrar o Silêncio (apoio para homens e rapazes vítimas de abusos sexuais)
910 846 589
apoio@quebrarosilencio.pt

Associação de Mulheres Contra a Violência - AMCV
213 802 165
ca@amcv.org.pt

Emancipação, Igualdade e Recuperação - EIR UMAR
914 736 078
eir.centro@gmail.com

Os factos remontam a maio de 2023 e ocorreram na casa de Carloto Cotta, em Colares, no concelho de Sintra, envolvendo uma mulher que o ator conhecera meses antes.

No auto da acusação, a que a Lusa teve acesso, o Ministério Público alega que o ator manteve a mulher fechada em casa durante várias horas, privando-a “de liberdade ambulatória e de decisão”, constrangeu-a “por meio de força física” a um ato sexual não consentido e contra a vontade dela e “agiu ainda com os propósitos, concretizados, de molestar o corpo e a saúde” da vítima.

Segundo as descrições da acusação, ao tentar fugir da residência de Carloto Cotta, a mulher saltou de uma janela para a via pública em busca de auxílio junto a pessoas que se encontravam nas imediações, tendo sofrido “um hematoma na cabeça, equimoses e arranhões no antebraço direito”.

Carloto Cotta, que nasceu em França em 1984, estudou na Escola Profissional de Teatro de Cascais e trabalhou sobretudo em cinema e televisão. Protagonizou “Arena” (2009), de João Salaviza, “Diamantino” (2018), de Gabriel Abrantes e Daniel Schmidt, ou “Banzo” (2024), de Margarida Cardoso.

Entrou ainda em filmes de Miguel Gomes, Margarida Gil e Diogo Costa Amarante, nas telenovelas “Santa Bárbara”, “A impostora” e “Laços de Sangue” e nas séries “O Americano” e “Casa Abrigo”.

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