O presidente da Associação Nacional de Bombeiros Profissionais (ANBP) defendeu esta segunda-feira junto do Governo a criação de uma carreira de bombeiro profissional nas associações humanitárias, a par do reforço de uma força nacional de combate.

Nas associações humanitárias que gerem corporações de voluntários há quadros profissionais que prestam um serviço permanente e não têm um enquadramento legal único, explicou Fernando Curto à Lusa, no final de uma reunião na tarde desta segunda-feira com o secretário de Estado da Proteção Civil, Rui Rocha.

“A ideia aqui é criar uma regulamentação única de bombeiros profissionais no nosso país e criar todo um suporte de socorro” com “as mesmas condições e as mesmas responsabilidades”, adiantou Fernando Curto.

No seu entender, “ficou bem evidente nestes últimos incêndios florestais que, de facto, a vertente profissional é, sem dúvida uma das soluções” para os problemas da proteção civil em Portugal.

“O nosso projeto é no sentido de uniformizar a carreira dos bombeiros profissionais das associações humanitárias, criar toda uma carreira que permita uma situação sustentada de progressão, com postos e responsabilidades como têm os sapadores de bombeiros”, que estão nas esferas das autarquias, disse.

Fernando Curto acrescentou que “os bombeiros profissionais têm de estar numa estrutura hierarquizada” que responda às necessidades do país.