A socialista sublinhou que apontar para as falhas técnicas já conhecidas “não é aproveitamento político”, mas sim uma exigência para “restaurar a confiança nas estruturas municipais e honrar as vítimas”. Leitão frisou que nunca pediu a demissão do presidente da Câmara, mas destacou “as 96 horas de inação” após a tragédia.

“Não convocou o executivo, que reuniu por iniciativa de outro partido, e foi para o Conselho de Ministros [na quinta-feira]. Se isso é ir para o terreno, tenho dúvidas, e foi para o Conselho de Ministros não se percebeu bem fazer o quê”, afirmou, recordando que da reunião do Governo em que Moedas participou não resultaram medidas concretas nem respostas às perguntas dos jornalistas.

A candidata socialista acusou ainda o autarca de ter convocado a reunião extraordinária da Câmara desta segunda-feira “a reboque de outros partidos políticos” e não por iniciativa própria.

Alexandra Leitão aproveitou também para apresentar propostas do PS, entre as quais a criação de um gabinete de apoio às vítimas, a realização de auditorias externas aos protocolos de vistorias dos elevadores e o estabelecimento de um diálogo com a Ordem dos Engenheiros, técnicos especializados e universidades. O objetivo, disse, é “pensar em soluções” e encontrar alternativas de transporte enquanto os funiculares da cidade permanecem fora de funcionamento.