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A notícia foi confirmada ao JN pelo advogado do agressor confesso de Adérito Lopes, José Gaspar Schwalbach. Nas declarações ao DIAP, o jovem terá mantido as declarações que prestou publicamente após a agressão a 10 de junho ao ator Adérito Lopes.
Em entrevista ao programa "Dois às 10", da TVI, a 17 de junho, o agora arguido disse não ter motivações políticas, apesar de no dia da agressão, 10 de junho, ter estado num almoço que reuniu dezenas de neonazis. "A meu ver foi apenas uma altercação devido àquilo que me disseram", justificando a agressão por "um ato de estupidez, impulso e álcool".
O jovem de 20 anos refere ter sido convidado por um amigo para o jantar de véspera que juntou elementos neonazis "apenas pelos copos", desconhecendo o âmbito do jantar. No dia seguinte voltou a juntar-se a um almoço de neonazis e foi na companhia desse grupo que acabou por agredir o ator à porta do Teatro "A Barraca".
Apesar de o agressor afirmar que "foi só um murro", o ator agredido teve de ser assistido no hospital com ferimentos que obrigaram a 11 pontos no rosto.
O que aconteceu a 1o de junho
Adérito Lopes foi agredido no dia 10 de junho à noite quando entrava para um espetáculo com entrada livre de homenagem a Camões.
A atriz Maria do Céu Guerra contou que por volta das 20h00, estavam os atores a chegar ao Cinearte, no Largo de Santos, quando se cruzaram à porta “com um grupo de neonazis com cartazes, programas”, com várias frases xenófobas, que começaram por provocar uma das atrizes.
“Entretanto, os outros atores estavam a chegar. Dois foram provocados e um terceiro foi agredido violentamente, ficou com um olho ferido, um grande corte na cara”, relatou a encenadora, de 82 anos.
“É terrível. E tenho aqui o elenco, 14 atores, todos temendo pela sua saída do teatro. E que querem falar, dar a sua opinião, querem dizer o que sentem em relação a isto e à proteção que lhes é merecida”, afirmou a atriz, que sublinhou o quão vulneráveis se sentem.
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