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De acordo com o anúncio publicado pela Tutors International, a família — que não é britânica — pretende que o menino venha a ser aceite em escolas de elite como Eton, Harrow, St Paul’s ou Westminster, depois de ser exposto a “experiências tipicamente britânicas”.

O tutor ideal deverá ter formação numa das melhores escolas do Reino Unido, falar com acentuação (o sotaque britânico formal) e ter experiência a trabalhar com famílias de elevado património ou de estatuto real.

“Neste momento, o menino é demasiado novo para ter desenvolvido qualquer preconceito cultural, o que faz deste o momento perfeito para começar a expô-lo às atividades e conhecimentos que o colocarão no caminho do duplo-culturalismo”, lê-se no anúncio, citado pela Sky News.

A função implica muito mais do que aulas tradicionais. O tutor deverá levar o bebé a Lord’s Cricket Ground, Wimbledon, Twickenham e clubes de remo ao longo do Tamisa, introduzindo-o aos desportos britânicos por excelência.

“Não há razão para que o menino não possa visitar Lord’s, Wimbledon e Twickenham”, refere o anúncio. “O tutor pode também ajudá-lo a experimentar alguns desses desportos, talvez frequentando aulas de ténis infantil ou um clube de pónei quando chegar a altura certa”.

Além disso, o tutor deverá expor a criança à música clássica ocidental, com atividades regulares que estimulem o ouvido e o interesse por instrumentos.

“O tutor deve ter conhecimentos razoáveis de teoria musical e ser capaz de ajudar o menino a explorar a música e o ritmo”, acrescenta o texto.

O objetivo é que, desde cedo, a criança absorva os valores, hábitos e gostos britânicos, antes que as normas culturais da família de origem “se imponham”. Segundo o anúncio, o irmão mais velho, de cinco anos, “já é demasiado velho para que esse objetivo seja alcançado”.

Adam Caller, fundador da Tutors International, contou ao Daily Mail que conheceu pessoalmente a família antes de divulgar a vaga.

“Pedi-lhes que explicassem a sua razão, e faz todo o sentido”, afirmou. “Eles vêm de uma região do mundo onde o estilo de comportamento é muito diferente do Reino Unido. Estão a tentar criar o filho para que seja totalmente multicultural — indistinguível de uma criança britânica pela forma de se comportar, fazer contacto visual, pelos interesses e pelos maneirismos”.

O candidato selecionado deverá ter uma presença calorosa mas contida, ser discreto, culto e fisicamente ativo, além de não fumador. Em troca do salário de seis dígitos, trabalhará das 10h00 às 15h00 até que a criança cresça, altura em que o horário será alargado para incluir atividades mais complexas e excursões.

O contrato é inicialmente de 12 meses, com dois dias de folga por semana e quatro semanas de férias anuais, mas poderá ser prolongado por vários anos.

Apesar das exigências, a família sublinha que o menino é, por agora, “um típico bebé de um ano — curioso, brincalhão e já a aprender a um ritmo espantoso”.

Segundo Adam Caller, 61 candidatos já se apresentaram para o cargo — e “muitos são absolutamente excecionais”.

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