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Chama-se Bloop e é descrita pelo seu CEO como o primeiro marketplace que junta produtos e experiências, ao mesmo tempo que funciona como uma rede social, com feed, stories e todas as funcionalidades a que já estamos habituados.
Tudo começou em 2021. Francisco Rodrigues, licenciado em Economia e com experiência na área da gestão financeira, decidiu trocar a carreira estável por uma missão ambiciosa: criar uma plataforma onde qualquer pessoa possa ser influencer e ganhar com isso.
“Sempre me fez confusão que apenas um grupo muito restrito de pessoas tirasse proveito do seu poder de influência, quando todos influenciamos os outros nas nossas decisões diárias”, afirma Francisco Rodrigues, CEO e fundador da Bloop.
As sugestões de roupa, restaurantes ou gadgets são partilhadas entre amigos constantemente, mas raramente há uma recompensa por isso. Foi com esta ideia, capital próprio e total dedicação que Francisco começou a desenvolver a Bloop.
Depois de anos de estudo de mercado, a app foi agora lançada e está já operacional.
Como é que funciona?
A Bloop promete oferecer sugestões em áreas como moda, eletrónica, beleza, hotéis e até experiências de lazer, como spas.
Na prática, é um híbrido entre marketplace e rede social, com uma proposta simples: democratizar a influência e dar palco aos conselhos dos nossos amigos.
“Em entrevistas feitas com Millennials e Gen Z, 100% dos inquiridos confirmaram esta intuição: disseram querer estar na plataforma para ver o que é que os amigos estão a comprar e a recomendar”, sublinha Francisco.
Foi com esta validação que percebeu o que faltava ao mercado: um modelo de influência em que toda a gente tem incentivos para publicar, desde os grandes influencers até aos mais pequenos.
O modelo de negócio assenta numa lógica de comissões: os utilizadores partilham as suas compras reais através de fotografias ou vídeos e, por cada venda gerada, recebem uma comissão — 10% ao partilhar e mais 5% por cada compra associada à publicação.
“Ao contrário das redes sociais tradicionais, oferecemos uma recompensa concreta aos utilizadores. E ao contrário dos marketplaces convencionais, distribuímos uma parte significativa das comissões. Invertendo o modelo: em vez de as retermos, transferimos para os clientes, que acabam por funcionar como força de marketing”, explica o CEO da aplicação.
Na prática, os utilizadores passam a ser pagos pelas marcas como publicidade.
O problema a resolver
A plataforma já integra algoritmos de inteligência artificial para personalizar resultados, melhorar o ranking de publicações e otimizar a experiência de navegação. O sistema foi desenhado para ser escalável e autónomo, reduzindo os custos operacionais.
O fundador é claro quanto ao problema que quer resolver – o excesso de opções no comércio digital: “Vivemos na attention economy. Há demasiadas ofertas, e isso dificulta encontrar o produto certo. Mas esse problema é resolvido quando alguém em quem confiamos nos recomenda algo, sobretudo se for um amigo.”
Neste modelo, os utilizadores deixam de ser apenas consumidores e passam a ter um papel ativo na descoberta e recomendação de produtos.
“Estamos a ajudar na descoberta, a dar mais poder de compra aos clientes e a criar o melhor modelo de incentivos do mercado. Não há nenhuma plataforma que distribua comissões como nós.”, garante o CEO.
Expansão e ambição global
A Bloop está agora a entrar em fase pública, depois de meses de testes. O plano de expansão inclui França e Espanha já em 2026, com o objetivo de se tornar uma rede social global nos próximos cinco anos, com forte presença nos EUA.
Sem pretender substituir os influencers, a Bloop quer democratizar o acesso ao poder de influência, fazendo com que qualquer utilizador possa ser relevante, não pelo número de seguidores, mas pela autenticidade das suas recomendações.
Segundo Francisco, depois de uma campanha com 200 micro influencers, a aplicação já conta com mais de 500 utilizadores e os números “estão a crescer rápido”.
Até ao momento, a startup captou 1,5 milhões de euros através de business angels e crowdfunding privado. Tem agora em curso uma bridge round de 500 mil euros e prepara-se para uma seed round de pelo menos 5 milhões de euros até ao final do ano, com o objetivo de atrair fundos de capital de risco (VCs).
O novo investimento servirá também para reforçar a equipa, que atualmente conta com 17 pessoas, com o objetivo de chegar aos 50 colaboradores até ao final de 2025.
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