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De acordo com o Jornal de Negócios, em causa estavam 955 milhões de euros, de um bolo de 2,8 mil milhões de euros, ao qual concorreram 15 países. A decisão surpreendeu de Bruxelas acabou mesmo por surpreender a IP e o Governo português, pois na candidatura de 2024, o projecto da alta velocidade mereceu um financiamento de 813 milhões de euros, segundo o Jornal Público.
As reacções já começaram a sair, com o Partido Socialista (PS) a acusar o governo da AD de nada fazer para avançar a alta-velocidade, recordando que o financiamento mais recente chegou após a candidatura ainda no Governo de António Costa. O PS ainda enfatiza que o contrato para o primeiro troço da alta velocidade (Porto-Oiã), que já foi adjudicado há quase um ano, não foi assinado. Para além disso, o segundo troço ainda não foi adjudicado, depois de o concurso para Oiã-Soure ter sido anulado por não ter propostas válidas.
Segundo o antigo secretário de Estado das Infraestruturas, Frederico Francisco, os "fundos têm de ser executados até 2030 e a Comissão Europeia pode ter perdido a confiança que nós sejamos capazes de o fazer”, disse ao Público.
Já a IP justifica-se com o contexto difícil para a aprovação do projecto português: “no que concerne ao envelope Coesão, no qual Portugal concorria, grande parte do financiamento foi direccionado para os países bálticos, Polónia, Grécia, Eslováquia e Chéquia, e em particular para projectos transfronteiriços”, diz a empresa.
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