
"Nesta fase preliminar estamos com um total de oito óbitos, mas esta informação ainda não é definitiva", disse Luisa Meque, em declarações à comunicação social no início da noite de hoje em Nampula, num balanço preliminar.
A diretora-geral do Instituto Nacional de Gestão e Redução do Risco de Desastres não avançou detalhes sobre as circunstâncias do novo óbito, reiterando apenas que "todos os dados avançados são preliminares".
O ciclone Gombe atingiu a província de Nampula (noroeste) na noite de quinta para sexta-feira com ventos muito violentos e as previsões anunciavam ventos com velocidades até 160 quilómetros horários, chuvas torrenciais, além de danos significativos em zonas residenciais.
"Temos situações [em Nampula] em que algumas vias estão intransitáveis", declarou Luisa Meque.
O ciclone enfraqueceu durante o dia, transformando-se em tempestade tropical, mas continua a trazer muita chuva, abrangendo as províncias vizinhas.
Em Nampula, o ciclone provocou cortes no abastecimento de energia e água, bem como dificuldades nas comunicações telefónicas, designadamente de telemóveis, segundo vários testemunhos.
Os voos para a província foram cancelados na quinta-feira de forma preventiva, anunciou a companhia aérea nacional LAM.
Nas redes sociais, na Internet, circulam fotografias de danos materiais provocados em vários pontos da província, sobretudo árvores caídas, habitações e viaturas danificadas.
A empresa Eletricidade de Moçambique (EDM) já fez saber, em comunicado, que há 20 distritos sem energia, afetando cerca de 300 mil pessoas.
A tempestade Gombe chegou à costa moçambicana pelas 03:00 (01:00 em Lisboa) na categoria de ciclone intenso com chuva torrencial e vento de 165 quilómetros por hora, com rajadas superiores a 200, anunciou o centro meteorológico francês da ilha de Reunião.
A tempestade atingiu Moçambique três anos depois de os ciclones Idai e Kenneth terem fustigado, respetivamente, as regiões centro e norte do país naquela que foi uma das mais severas épocas chuvosas de que há memória.
Várias organizações não-governamentais estão prontas a intervir. Moçambique foi já duramente atingido em janeiro pela tempestade tropical Ana, que matou cerca de 100 de pessoas em Madagáscar, Moçambique, Maláui e Zimbabué.
EYAC (EL)// LFS
Lusa/Fim
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