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A desnutrição em Gaza atingiu níveis críticos, com cerca de um terço da população a enfrentar fome severa, a passar dias sem comida, segundo dados da Organização Mundial da Saúde e do Programa Mundial de Alimentos da ONU. Para tentar aliviar a crise, Israel anunciou uma “pausa tática” diária de 10 horas em três regiões de Gaza, e diz que vai permitir a entrada limitada de ajuda humanitária, inclusive lançamentos aéreos de alimentos e remédios realizados por Israel, Jordânia e Emirados Árabes Unidos.

Apesar disso, os ataques militares continuaram mesmo durante essas pausas, e dezenas de civis morreram enquanto tentavam chegar aos pontos de distribuição da ajuda. O acesso terrestre permanece extremamente restrito e perigoso, com apenas cerca de 70 caminhões entrando diariamente, número muito inferior aos 500 necessários para atender à população.

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A ONU e organizações humanitárias criticam o bloqueio rigoroso imposto por Israel e o novo sistema de assistência criado por Israel (GHF), que substitui a ONU como principal distribuidora da ajuda. Esse sistema é acusado de ser militarizado, ineficaz e de violar o direito internacional, causando mortes e sofrimento adicionais entre os palestinos.

Líderes internacionais como Reino Unido, França e Alemanha têm exigido o fim imediato das restrições e a garantia de livre circulação da ajuda humanitária. O Alto Comissário da ONU para os Direitos Humanos alertou para a crescente desumanização da população palestina e pediu um cessar-fogo para evitar uma catástrofe humanitária. Israel nega responsabilidade pela crise, mas enfrenta mandados do Tribunal Penal Internacional por crimes de guerra relacionados ao uso da fome como arma.

A situação em Gaza é desesperante, com a população a sofrer com fome extrema, falta de medicamentos essenciais e insegurança constante. Especialistas e organizações humanitárias afirmam que apenas um cessar-fogo duradouro e corredores seguros podem garantir a sobrevivência dos civis.