A região é atingida por uma insurgência armada desde há quatro anos e meio.

"Significa que a população de Cabo Delgado terá melhor acesso a fornecimentos essenciais, poderá colocar os seus bens no mercado e viajar mais facilmente para áreas seguras", referiu Martin McLaughlin, dirigente da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID) em Moçambique.

Os trabalhos vão estar centrados na ligação entre a cidade de Montepuez e a vila de Mueda, um "corredor-chave de viagem e transporte para as comunidades circundantes, especialmente os residentes deslocados pelo terrorismo e por catástrofes naturais", destaca.

A USAID assinou um acordo com a Administração Nacional de Estradas (ANE) moçambicana e o Fundo de Estradas (FE) para construção de uma ponte sobre o rio Mueda, pavimentações e "melhorias significativas na drenagem" para evitar erosão, causa mais comum da degradação das vias.

A província de Cabo Delgado é rica em gás natural, mas, aterrorizada desde 2017, por rebeldes armados, sendo alguns ataques reclamados pelo grupo extremista Estado Islâmico.

O conflito já provocou mais de 3.100 mortes, segundo o projeto de registo de conflitos ACLED, e mais de 859 mil deslocados, de acordo com as autoridades moçambicanas.

Desde julho, uma ofensiva das tropas governamentais com o apoio do Ruanda a que se juntou depois a Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) permitiu aumentar a segurança, recuperando várias zonas onde havia presença de rebeldes, mas a fuga destes tem provocado novos ataques nalguns distritos usados como passagem ou refúgio temporário.

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