
O principal índice da bolsa de valores de Hong Kong, o Hang Seng, perdeu na abertura 3,07%, para 18.931,18 pontos.
Na China, a bolsa de Xangai abriu a cair 0,97%, para 3.192,36, e a de Shenzhen, a segunda maior bolsa do país, perdeu 0,87%, para 2.091,09 pontos.
Na segunda-feira, a bolsa de Hong Kong tinha caído quase 5%, com o índice de ações de empresas tecnológicas a perder cerca de 11%, um dia depois do anúncio do confinamento dos 17 milhões de habitantes de Shenzhen, adjacente a Hong Kong, devido ao aumento de casos de covid-19.
Estas medidas que levaram à suspensão das operações em muitas fábricas em Shenzhen, incluindo as da gigante taiwanesa Foxconn, principal fornecedora da marca de telemóveis Apple.
As autoridades ordenaram aos habitantes da cidade, que abriga também as gigantes tecnológicas Huawei e Tencent, que permaneçam em casa.
De acordo com analistas, os mercados estão também preocupados com possíveis sanções contra a China se Pequim responder ao alegado pedido feito por Moscovo de ajuda militar e económica, na sequência da invasão da Ucrânia.
Além disso, na semana passada, o regulador dos mercados financeiros norte-americanos tinha avisado cinco empresas chinesas para a necessidade de cumprir novas obrigações contabilísticas ou abandonar Wall Street até 2024.
O índice das empresas chinesas listadas em Nova Iorque caiu 11% na segunda-feira, com os gigantes chineses do comércio eletrónico Alibaba e JD.com a perder cerca de 10%.
Uma "reavaliação significativa das ações das empresas tecnológicas chinesas pode exigir uma mudança no tom regulatório", disse um analista da Bloomberg Intelligence Marvin Chen, acrescentando que as negociações entre Moscovo e Pequim serão observadas de perto.
A China anunciou ter registado 5.280 casos de covid-19 nas últimas 24 horas, mais do dobro do registado na segunda-feira e o valor mais elevado desde o início da pandemia, em 2020.
VQ // EJ
Lusa/Fim
Comentários