Acompanhe toda a atualidade informativa em 24noticias.sapo.pt

“Não creio que as pessoas usarem os direitos transforma essas pessoas em suspeitos”, declarou, à margem à margem de uma tertúlia no Porto.

Augusto Santos Silva, que esclarece na quarta-feira se é candidato às eleições presidenciais de 2026, considera que os cidadãos devem acreditar no Estado de Direito e esperar tranquilamente pela decisão do Tribunal Constitucional.

O primeiro-ministro social-democrata, Luís Montenegro, interpôs um pedido de oposição à consulta pública da sua declaração de rendimentos que impugna parcialmente elementos, que já são do conhecimento público (lista de clientes)”, esclareceu hoje o seu gabinete,

“Na minha opinião, o João por recorrer não fica diminuído, está a exercer o seu direito, qualquer que seja o João ou a Joana. Neste caso, não é um João é um Luís tem o mesmo direito que qualquer João”, insistiu.

Apesar de ser “100%” favorável a que as pessoas que ocupam lugares públicos “apresentem a respetiva declaração de interesses, o registo de interesses e a declaração de rendimentos”, o socialista considera que “hoje se pedem coisas desnecessárias que só causam trabalho”, dando como exemplo, uma situação para a qual também não estava preparado para responder.

“Eu não fazia a mínima ideia, nem sequer sabia que um carro a gasolina podia ter quilowatts. No caso tanto quanto sei, o primeiro-ministro usou uma faculdade da lei que foi recorrer para o Tribunal Constitucional e o Tribunal Constitucional certamente decidirá”, afirmou.

Confrontado pelos jornalistas sobre a sua possível candidatura às presidenciais, o antigo ministro socialista, escusou-se a tecer qualquer comentário, não esclarecendo nomeadamente se tinha ou não discutido o tema com o secretário-geral do Partido.

Augusto Santos Silva afirmou, na sexta-feira, que a decisão de António Vitorino de não se candidatar às presidenciais faz com que tenha que fazer “uma nova reflexão” sobre a sua eventual candidatura, anunciando a sua decisão na próxima quarta-feira.

Através de uma publicação nas redes sociais, o antigo presidente da Assembleia da República referiu que “as três candidaturas até agora formalmente apresentadas não esgotam nem o espaço político nem as propostas e perfis que devem estar representados” e que, “pelas suas qualidades políticas”, seria “bem-vinda uma candidatura de António Vitorino” às presidenciais, uma hipótese que foi na véspera afastada pelo próprio.

“Este facto obriga-me a uma nova reflexão sobre o quadro de candidaturas presidenciais possíveis, incluindo a eventual apresentação da minha própria”, explicou, acrescentando que nos próximos dias vai consultar as pessoas cuja opinião preza.