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“A pedido do Ministério do Consumo, removemos um número muito reduzido de anúncios em Espanha”, ou seja, 2% dos alojamentos presentes no catálogo do país, garantiu a plataforma holandesa numa declaração enviada à AFP.
Segundo a Booking, que especifica ter cerca de 200.000 alojamentos em Espanha, esta decisão foi tomada porque os alojamentos em questão não tinham “fornecido uma licença válida” para permitir o aluguer para fins turísticos.
“Sempre colaborámos […] — e continuaremos a fazê-lo — […] com as diferentes administrações, tanto a nível nacional como regional, no âmbito dos nossos esforços contínuos para contribuir para uma regulamentação clara e transparente do setor do arrendamento de curta duração”, acrescenta o grupo.
O Ministério do Consumo do Governo de espanhol congratulou-se na quinta-feira, num comunicado, com a remoção desses anúncios, referindo um total de “4.093 anúncios ilegais” removidos a pedido das autoridades.
O crescimento do alojamento turístico é “uma das causas das dificuldades de acesso à habitação enfrentadas por milhares de pessoas atualmente em Espanha, especialmente nas zonas que recebem o maior afluxo de turistas”, justificou o ministério.
Segundo o mesmo, a maioria dos anúncios removidos foi nas Ilhas Canárias, uma das regiões da Espanha que mais atrai turistas.
Em maio, o ministério solicitou à plataforma Airbnb que removesse 65.000 anúncios de alojamentos turísticos, considerando que eles violavam a regulamentação relativa à publicidade desse tipo de residências.
A plataforma contra-atacou, afirmando num comunicado que o ministério “não era competente para fazer cumprir os regulamentos em matéria de alojamento turístico” e prometeu contestar a decisão em tribunal.
Até agora, porém, a justiça rejeitou dois recursos da Airbnb contra essas solicitações.
De acordo com o Instituto Nacional de Estatística (INE), Espanha conta atualmente com 368.000 alojamentos turísticos.
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