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O caso em que a dupla Os Anjos exige uma indemnização de um milhão e 118 mil euros, alegando que um vídeo humorístico divulgado pela humorista Joana Marques, que ridiculariza a sua versão do hino nacional, é responsável pela quebra de receitas na sua carreira é mote para a pergunta "quais os limites do humor?".

Ao mesmo tempo, permite também que se olhe para outros casos em que o humor chega aos tribunais.

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Joana Marques

O vídeo que causou a polémica e que fez com que o humor entrasse nos tribunais portugueses mostrava partes da atuação da dupla constituída por Nelson e Sérgio Rosado antes de uma prova do MotoGP em Portimão, em que Os Anjos cantaram o hino nacional. O vídeo publicado pela humorista continha partes de reações do júri do programa “Ídolos” juntamente com essas imagens.

Na última sessão em tribunal, na passada sexta-feira, a humorista defendeu que “criticar um humorista por ridicularizar é como criticar um cantor por cantar”.

“O que eu faço é procurar o que há de engraçado”, explicou também Joana Marques, assumindo que faz “um tipo de humor que não agrada a toda a gente”.

Léo Lins

Fora de Portugal, o humorista brasileiro Léo Lins foi condenado a oito anos de prisão por piadas consideradas discriminatórias num espectáculo gravado em 2022, contra diversos grupos minoritários: negros, indígenas, LGBTQ+, pessoas com deficiência, obesos, idosos, judeus, evangélicos e pessoas com HIV.

Entretanto, a defesa do humorista recorreu da condenação. Os advogados pedem a absolvição do comediante, argumentando que o espectáculo em questão é uma obra de ficção, com uma personagem cómica, pelo que as piadas não representam as opiniões pessoais de Léo Lins.

De recordar que Léo Lins também foi condenado ao pagamento de mais de 2 milhões de reais, entre multas e indemnizações por danos morais coletivos.

Sebastian Hotz

O humorista alemão Sebastian Hotz, mais conhecido pelo seu pseudónimo "El Hotzo", vai a tribunal em Berlim por ter elogiado um atentado à vida de Donald Trump numa publicação na rede social X.

Em causa está o que aconteceu a Trump na Pensilvânia. Hotz escreveu que "infelizmente" o atirador falhou o alvo, como alguém que perde por pouco um autocarro.

Estas mensagens — agora apagadas — geraram enorme polémica e o Ministério Público de Berlim acusou Hotz de “incitamento e aprovação de crime violento”.