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A dermatologista e Secretária-Geral da Sociedade Portuguesa de Dermatologia e Venereologia, Maria Goreti Catorze, diz ao 24notícias que esta é uma "perceção comum", pois "os raios UV têm um efeito anti-inflamatório temporário e a pele bronzeada camufla lesões". A dermatologista, contudo, alerta que a “melhoria é ilusória", de "curta duração" e pode, posteriormente, levar ao "agravamento da acne além de aumentar o risco de manchas e envelhecimento precoce".
Contudo, a Vitamina D, presente no sol, tem um papel importante no sistema imunitário e quando falta pode ter implicações em várias doenças da pele, revela o estudo da Chungnam National University, Daejeon, na Coreia do Sul.
O único "benefício" da exposição solar na acne relatado é a "diminuição transitória da inflamação", segundo a especialista. Já os riscos prendem-se com o "agravamento das lesões a médio prazo, aparecimento de manchas pós-inflamatórias, maior oleosidade cutânea após a exposição e risco acrescido de queimaduras, sobretudo em quem faz tratamentos fotossensibilizantes. Além disso, a exposição solar sem proteção é um fator de risco para o cancro cutâneo", acrescenta a dermatologista.
Tratamento e prevenção na acne exposta ao sol
A médica deixa algumas sugestões para o verão, como "ajustar o tratamento da acne, privilegiando fórmulas menos irritativas e evitando produtos muito agressivos". Importante também é "evitar automedicação" e "exposição solar prolongada nas horas de maior intensidade", acrescenta.
E diz ainda que os protetores solares devem ser "não comedogénicos, ou seja, formulados para não obstruir os poros", sugere a médica e recomenda "o uso de protetor solar diário mesmo em dias nublados, e ainda mais importante se estiverem a fazer tratamentos que sensibilizem a pele à luz solar".
*Artigo editado pela jornalista Ana Maria Pimentel
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