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Segundo a Deco PROteste, desde que começou, em 2022, a fazer a monitorização o cabaz alimentar "nunca esteve tão caro". Aumentou quase seis euros e chega aos 245,79 euros. Na última semana, os produtos que mais aumentaram foram os cereais integrais (mais 26%), as salsichas frankfurt (mais 18%) e o azeite virgem extra (mais 16 por cento).
Portugal, comparado com outros países da União Europeia (UE) - desde a pandemia - gasta mais em alimentos e bebidas não alcoólicas. Em 2024 o total foi de de €3314 por pessoa, ou seja, "o dinheiro efetivamente gasto, sem descontar a inflação", segundo dados do Eurostat revelados no Expresso. Ajustado à inflação é um valor "per capita de €3300 por ano — uma subida de 43,5% face aos níveis de 2020.".
O preço da alimentação, em Portugal, aumentou 33,5% desde fevereiro de 2020 até junho de 2025, acima do valor da inflação do mesmo período que se manteve nos 21,5%. Estes dados foram divulgados pelo Expresso com base nos dados disponibilizados pelo Instituto Nacional de Estatísticas (INE).
"Um euro compra hoje menos produtos em Portugal do que em países como Espanha ou Países Baixos", avança o Expresso.
Produtos como Frutas (43,1%), de açúcar, confeitaria, mel e outros produtos à base de açúcar (39,6%), e a carne (38,4%) foram os que mais sofreram com inflação face à pré-pandemia. O pão e os cereais, juntamente com a carne, "encareceram, em média, 33,5%".
O aumento dos preços destes dois últimos produtos tem um impacto notório se se comparar novamente com o conjunto da União Europeia (UE). "O país está no fundo da tabela da lista de países da UE com menor rendimento disponível bruto per capita (€14,3 mil em Portugal em 2024, face a €18,1 mil na média dos 27).", revela o jornal Expresso.
O dano económico é mais gritante relativamente a 2019 , "no último ano livre do impacto da pandemia da covid-19, os preços da categoria de alimentação e bebidas não alcoólicas estavam, em Portugal, abaixo da média europeia, nos 97,4%.", acrescenta o jornal.
A somar à pandemia também o impacto da Guerra Rússia - Ucrânia fez com que os portugueses precisassem em média de "€101,5 para comprar os mesmos produtos que, na média da UE, custariam €100." Os portugueses perderam "efetivamente" poder de compra com os produtos a ficar mais caro em território nacional face à media dos outros Estados-Membros.
Nenhum país da UE escapou à inflação alimentar. Em Espanha e na Alemanha, os preços da alimentação subiram mais de 36% entre 2020 e 2025, contudo têm níveis de rendimentos superiores "ao dos portugueses e com menos despesa, em termos proporcionais, em comida e bebida".
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