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O que aconteceu nos últimos dias?
No fim de semana, os Estados Unidos "devastaram o programa nuclear iraniano", mas não procuram uma mudança de regime, afirmou o Pentágono, este domingo, no décimo dia da guerra entre Irão e Israel.
Depois de dias de suspense, o presidente americano, Donald Trump, anunciou, no sábado, que "as instalações-chave de enriquecimento nuclear do Irão foram completamente e totalmente destruídas" em ataques do exército americano contra três plantas: Fordow, escondida sob uma montanha, Natanz e Isfahan.
Depois foi a vez do Irão responder.
O presidente iraniano, Masoud Pezeshkian, prometeu, este domingo, uma "resposta" aos bombardeamentos americanos às suas instalações nucleares, que qualificou de "agressão" contra o país, durante uma conversa por telefone com seu homólogo francês, Emmanuel Macron.
"Os americanos têm que receber uma resposta à agressão", disse o presidente iraniano, segundo a agência de notícias Irna.
França, Alemanha e Reino Unido pediram ao Irão para "não empreender outras ações que possam desestabilizar a região" em resposta aos bombardeamentos americanos contra instalações nucleares iranianas.
"Pedimos ao Irão que inicie negociações que levem a um acordo que responda a todas as preocupações relacionadas com o seu programa nuclear. Estamos dispostos a contribuir para esse objetivo, em coordenação com todas as partes", acrescentaram os três dirigentes numa declaração conjunta.
Qual a resposta da Rússia?
O presidente russo, Vladimir Putin, condenou nesta segunda-feira os ataques contra o Irão, aliado do Kremlin, que chamou de "agressão não provocada, sem fundamento nem justificativa", durante uma reunião em Moscovo com o chefe da diplomacia iraniana.
As declarações do presidente russo ocorrem após os bombardeamentos americanos do fim de semana, que tiveram como alvo instalações nucleares iranianas, e os ataques israelitas, que se intensificaram nos últimos dez dias.
O Irão respondeu várias vezes aos bombardeamentos atacando Israel de volta.
"Uma agressão não provocada contra o Irão que não tem nenhum fundamento nem justificativa", lamentou Putin ante o ministro iraniano Abbas Araqchi, durante uma conversa no Kremlin transmitida pela televisão russa.
"Esforçamo-nos para fornecer a nossa ajuda ao povo iraniano", acrescentou, expressando a sua "satisfação" em receber Araqchi para "discutir todos os temas e refletir juntos sobre como sair da situação atual".
E o que acha a NATO?
O secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO) rejeitou hoje que os Estados Unidos da América (EUA) tenham violado a lei internacional durante os bombardeamentos ao território iraniano.
“Não considero que o que os EUA fizeram é contrário à lei internacional”, respondeu Mark Rutte, depois de ser questionado pelos jornalistas sobre o envolvimento dos Estados Unidos da América no conflito no Médio Oriente entre Israel e o Irão.
Em conferência de imprensa de antecipação da cimeira da NATO, em Haia, nos Países Baixos, o secretário-geral da Aliança Atlântica disse que os 32 países que integram a organização político-militar “concordaram há muito tempo que o Irão não pode desenvolver armas nucleares”.
Os países da NATO “instaram repetidamente o Irão a respeitar as suas obrigações ao abrigo” Tratado de Não-Proliferação de Armas Nucleares.
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