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“Agora, ao completar a cadeia de violações e crimes cometidos pelo regime sionista, os Estados Unidos lançaram uma guerra perigosa contra o Irão”, afirmou o ministério dos Negócios Estrangeiros iraniano em comunicado.
Os ataques norte-americanos às instalações nucleares iranianas demonstram que os Estados Unidos não se deterão perante “nada” para apoiar Israel na sua guerra contra o Irão, adiantou.
“É agora muito claro para todos que o regime que goza de estatuto de membro permanente do Conselho de Segurança não respeita qualquer princípio ou moralidade e não se coíbe de qualquer ilegalidade ou crime para servir os objetivos de um regime de ocupação genocida”, afirmou o ministério, referindo-se aos Estados Unidos e depois a Israel.
O ministro dos Negócios Estrangeiros, Abbas Araqchi, também anunciou que se encontrará com o presidente russo, Vladimir Putin, em Moscova na segunda-feira, após o bombardeio americano às instalações nucleares iranianas.
"Viajo para Moscovo esta tarde" e "terei consultas sérias com o presidente russo amanhã", disse Abbas Araqchi à margem de uma reunião da Organização para a Cooperação Islâmica em Istambul, na Turquia.
O Presidente norte-americano, Donald Trump, anunciou hoje que os Estados Unidos atingiram “com sucesso” três instalações nucleares iranianas, os primeiros bombardeamentos norte-americanos a ocorrer no meio do conflito entre Israel e o Irão.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros iraniano classificou os ataques como uma “violação flagrante e sem precedentes dos princípios mais fundamentais da Carta das Nações Unidas e das normas do direito internacional”.
Considerou que estes ataques, efetuados em “conluio criminoso” com Israel, “demonstram uma vez mais a profunda depravação e corrupção moral que rege as políticas dos EUA”.
O ministério dos Negócios Estrangeiros afirmou que a República Islâmica do Irão “reserva-se o direito de resistir com toda a força” à agressão dos EUA.
O ministro os Negócios Estrangeiros iraniano, Abbas Araqchi, declarou anteriormente que o Irão se reserva “todas as opções” para se defender após o ataque dos EUA às suas instalações nucleares, que, segundo o próprio, “terá consequências duradouras”.
“De acordo com a Carta das Nações Unidas e as suas disposições que permitem uma resposta legítima em autodefesa, o Irão reserva-se todas as opções para defender a sua soberania, os seus interesses e o seu povo”, afirmou na X Araqchi.
Na sequência dos ataques, a Agência Internacional da Energia Atómica (AIEA) informou num comunicado publicado na X que “até ao momento não foi registado qualquer aumento dos níveis de radiação fora das três instalações nucleares”.
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