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Concordando que o ataque do Irão a bases militares dos Estados Unidos pode "agravar o conflito" no Médio Oriente, Gouveia e Melo vê, na forma como o conflito tem evoluído, que "pode haver um sinal, uma tentativa de desescalar o conflito, portanto, para evitar um aumento da conflitualidade e do problema".
O almirante falava à margem da festa de São João, organizada pela Câmara do Porto e na qual participou.
"Israel e os Estados Unidos, com a ajuda dos Estados Unidos, fizeram ou atingiram o principal objetivo, que era retardar ou inutilizar a capacidade nuclear militar do Irão e da grande parte da capacidade de lançamento de mísseis balísticos. Atingidos esses objetivos, o objetivo agora é tentar fazer a paz. É perigoso se acharem que o objetivo é tentar derrubar o regime", advertiu o candidato.
E prosseguiu: "isso é muito perigoso, porque pode deixar um grande vácuo. Portanto, eu julgo que neste momento estão estabelecidas as condições para se começar a falar num processo de paz e de negociação entre as partes".
Gouveia e Melo foi mais longe no seu raciocínio e advertiu que nas alianças não se pode ter só as coisas positivas".
"Também temos coisas negativas. Temos o risco da aliança, por um lado. Por outro lado, temos o facto de a aliança nos proteger a todos. Nós, sozinhos, teríamos muito mais risco do que estando numa aliança. Portanto, nós estamos a pagar um bocado o preço também das alianças que fazemos e das alianças que temos para a nossa própria proteção", explicou.
Considerando que a Bases das Lajes é "um elemento fundamental de relações não só dentro da NATO, de Portugal dentro da NATO, como de relações transatlânticas com os Estados Unidos", o candidato recordou ser Portugal "um país marítimo que tem uma relação muito forte com a potência dominante marítima que são os Estados Unidos e as Lajes fazem parte desse processo".
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