“Temos, na pessoa do nosso ministro da Economia um homem conhecido dentro e fora do Brasil, o senhor Paulo Guedes. [Sobre] suas políticas económicas somos leais e buscamos implementá-las de todas as formas”, declarou Jair Bolsonaro, segundo o jornal Folha de S.Paulo.

Hoje o mercado brasileiro iniciou o dia em forte queda chegando a operar com desvalorização de mais de 10%, o que forçou o principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo, o Ibovespa, a paralisar suas operações por cerca de 30 minutos.

A queda é uma reação à desvalorização do preço do barril de petróleo no mercado mundial.

Jair Bolsonaro está nos Estados Unidos da América desde sábado para cumprir uma série de compromissos, incluindo um jantar com o Presidente norte-americano, Donald Trump, que decorreu no dia de sua chegada.

O chefe de Estado brasileiro deverá regressar ao país na madrugada de quarta-feira, segundo a agenda disponibilizada pelos assessores de comunicação do Palácio do Planalto.

Questionado sobre o que o Governo fará para contornar a crise nos mercados, o ministro da Economia, Paulo Guedes, declarou hoje que a melhor maneira de lidar com a incerteza económica é avançar com o seu plano de reformas liberais.

“Estamos absolutamente calmos. A equipa da Economia está calma porque sabe lidar com situações de crise que já foram experimentadas várias vezes”, afirmou Guedes.

O governante acrescento que “serenidade absoluta e a melhor resposta à crise são as reformas”, anunciando para os próximos dias o envio ao Congresso de uma série de propostas para rever a estrutura tributária e a administração pública do país.

Durante o seu discurso para empresários em Miami, Jair Bolsonaro contou que conversou com o presidente da Câmara baixa parlamentar brasileira, Rodrigo Maia, no domingo, que lhe disse que, apesar dos atritos do Governo com os parlamentares, todos farão a sua parte na aprovação das reformas económicas.

A economia brasileira cresceu apenas 1,1% no ano passado, resultado insuficiente após a expansão de 1,3% registada em 2017 e 2018 e depois de uma queda profunda de sete pontos percentuais no período de recessão registado entre 2015 e 2016.

Segundo Paulo Guedes, isso foi resultado de um cenário internacional incerto, no qual o aparecimento do novo coronavírus foi “a gota d’água” que derramou o copo.

“A Índia revisou seu crescimento para baixo, a China fez o mesmo. O mundo está em desaceleração e agora o coronavírus está chegando, o que acelerou esta queda e deixa a economia internacional em um momento crítico”, avaliou Guedes.

O ministro brasileiro afirmou que “o Brasil tem sua própria dinâmica de crescimento”, que será mantida enquanto o Congresso colaborar com a aprovação das reformas estruturais necessárias.