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A declaração foi subscrita pelo ministro dos Negócios Estrangeiros português, Paulo Rangel, e por chefes da diplomacia de países europeus como França, Irlanda, Finlândia, Islândia, Luxemburgo, Malta, Noruega, Eslovénia, Espanha, entre outros, bem como Canadá, Austrália e Nova Zelândia.

Países como Espanha, Irlanda, Noruega e Eslovénia já reconheceram a Palestina desde 2024. França anunciou que fará o mesmo em setembro de 2025, durante a Assembleia Geral da ONU. O Reino Unido também admite seguir esse caminho.

A declaração apela a um cessar-fogo imediato, à libertação incondicional dos reféns em poder do Hamas e ao acesso humanitário sem restrições. Os signatários reafirmam o seu "compromisso inabalável" com uma solução de dois Estados – Israel e Palestina – coexistindo em paz dentro de fronteiras seguras e reconhecidas, segundo o direito internacional.

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O documento destaca ainda a importância de unificar Gaza e a Cisjordânia sob a Autoridade Palestiniana e elogia os compromissos recentes desta, como a condenação do ataque de 7 de outubro de 2023 (levado a cabo pelo Hamas), a promessa de realizar eleições, o fim do pagamento a prisioneiros e o apoio à criação de um Estado desmilitarizado.

França tornar-se-á o primeiro país do G7 a reconhecer o Estado da Palestina, podendo provocar um "efeito dominó" entre outras potências ocidentais, segundo a CNN. Emmanuel Macron sublinhou que este reconhecimento é coerente com o compromisso francês com a paz no Médio Oriente e que não há alternativa à solução de dois Estados. Ainda assim, tanto Israel como os EUA reagiram negativamente, considerando que a medida recompensa o terrorismo.

A crise humanitária em Gaza, com relatos de fome extrema, incluindo entre crianças, e a morte de mais de 1.000 pessoas na tentativa de obter alimentos, aumentou a pressão internacional. A ONU denuncia que toda a população de Gaza (2,1 milhões de pessoas) está em insegurança alimentar, com 900 mil crianças a passar fome e 70 mil já a mostrar sinais de desnutrição.

Apesar do peso simbólico da decisão francesa, é incerto se esta terá impacto concreto no terreno a curto prazo. Ainda assim, a iniciativa poderá incentivar outros países europeus como Malta ou Bélgica a seguir o mesmo caminho. França espera que este gesto diplomático reforce a urgência da solução de dois Estados e traga alívio à população palestiniana