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A líder do Partido da Esquerda Socialista, Kirsti Bergstø, alertou que o país deve estar “preparado para tudo”, descrevendo Trump como “volátil e autoritário” e recordando casos de ataques à liberdade de expressão e de repressão interna nos EUA. A procuradora salientou ainda que o governo norueguês não tem influência sobre as decisões do Comité Nobel, embora Trump provavelmente não compreenda isso.
Trump tem-se mostrado obcecado com o prémio, chegando a telefonar a Jens Stoltenberg, ex-secretário-geral da NATO e atual ministro das Finanças da Noruega, para se informar sobre o Nobel. Recentemente, afirmou na ONU que “todos dizem que devia ganhar o Nobel da Paz”, apesar das críticas à sua postura internacional e política interna.
O líder do partido Verde norueguês, Arild Hermstad, reforçou que os prémios da paz se conquistam com compromisso contínuo, não por “birras nas redes sociais ou intimidação”. O diretor do Instituto Nobel Norueguês, Kristian Berg Harpviken, garantiu que o comité age de forma independente, embora a nomeação dos seus membros pelo parlamento possa dar a falsa impressão de politização.
O analista Harald Stanghelle alertou, num artigo no The Guardian, que uma eventual retaliação de Trump poderia incluir tarifas comerciais, exigências de maiores contribuições para a NATO ou até declarar a Noruega inimiga, devido à sua imprevisibilidade.
Entre os favoritos ao Nobel da Paz este ano estão as Salas de Resposta de Emergência do Sudão, o Comité para a Proteção dos Jornalistas e a Liga Internacional de Mulheres pela Paz e Liberdade. Nina Græger, diretora do Instituto de Investigação para a Paz de Oslo (PRIO), reconhece o mérito de Trump no cessar-fogo em Gaza, mas alerta que é cedo para avaliar se terá impacto duradouro, e sublinha que o seu afastamento de instituições internacionais e ataques a direitos democráticos não se alinham com a vontade de Alfred Nobel.
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