Treze mulheres e dois homens que sobreviveram ao cativeiro do Hamas afirmaram ter sido vítimas ou testemunhas de violência sexual enquanto estiveram reféns em Gaza, segundo um novo relatório do Dinah Project, um grupo de investigadoras israelitas.

Acompanhe toda a atualidade informativa em 24noticias.sapo.pt
As especialistas, todas mulheres, reuniram testemunhos de 15 ex-reféns, uma sobrevivente de uma tentativa de violação durante os ataques de 7 de outubro de 2023, 17 testemunhas oculares e 27 socorristas que estiveram nos locais dos ataques, refere a CNN Internacional.
Com base nestes relatos, bem como em provas forenses, fotografias e vídeos, o grupo concluiu que o Hamas utilizou a violência sexual de forma alargada, sistemática e “tática”, como uma “arma de guerra”.
Com o lançamento da nova marca de informação 24notícias, estamos a mudar a plataforma de newsletters, aproveitando para reforçar a informação que os leitores mais valorizam: a que lhes é útil, ajuda a tomar decisões e a entender o mundo.
O relatório descreve abusos como agressões sexuais sob ameaça de arma, assédio verbal e físico, ameaças de violação disfarçadas de casamentos forçados e condições desumanas de cativeiro. Israel tem acusado organizações internacionais, incluindo a ONU, de ignorarem estes crimes.
O Dinah Project, criado após os ataques para procurar justiça para as vítimas, é liderado por especialistas jurídicas e funciona sob a alçada da Universidade Bar-Ilan. Só cinco meses após os ataques é que a ONU reconheceu oficialmente a existência de violência sexual relacionada com o conflito.
Associações de apoio especializado à vítima de violência sexual:
Quebrar o Silêncio (apoio para homens e rapazes vítimas de abusos sexuais)
910 846 589
apoio@quebrarosilencio.pt
Associação de Mulheres Contra a Violência - AMCV
213 802 165
ca@amcv.org.pt
Emancipação, Igualdade e Recuperação - EIR UMAR
914 736 078
eir.centro@gmail.com
O Hamas nega as acusações, classificando-as como falsas. O relatório também refere que, devido à dimensão dos ataques e às tradições judaicas de enterro rápido, muitas provas forenses não foram recolhidas. Só com a libertação de reféns e o passar do tempo foi possível recolher testemunhos mais completos.
O Dinah Project defende que estes atos devem ser reconhecidos como crimes contra a humanidade e que os responsáveis devem ser julgados e condenados internacionalmente.
Comentários