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“Estamos de luto e em luta”, afirmou o movimento em comunicado, argumentando que os combustíveis fósseis são a principal causa da crise climática e, consequentemente, de fenómenos extremos como as ondas de calor que atingiram o país no final de junho e início de julho. De acordo com dados da Direção-Geral da Saúde citados pelo Climáximo, a onda de calor terá provocado 284 mortes em excesso face ao esperado para essa época do ano.
Anne Morrison, porta-voz da ação e ativista de 70 anos, sublinhou que estas mortes “não são apenas números”, mas sim pessoas vulneráveis – como idosos, grávidas, crianças e trabalhadores expostos ao calor extremo. “Foi um massacre cometido por empresas como a Galp”, acusou.
O movimento ambientalista recorda ainda que o fenómeno não se limitou a Portugal: em 12 cidades europeias, o calor extremo terá causado cerca de 2.300 mortes. Citando o jornal The Guardian, referem que cientistas atribuem ao colapso climático a multiplicação do impacto desta onda de calor.
“Há décadas que as petrolíferas estão informadas sobre os riscos da queima de combustíveis fósseis, mas continuam a expandir os seus negócios, como é o caso da Galp na Namíbia”, criticou Anne Morrison, acrescentando que o lucro das empresas “está a ser feito à custa da vida de milhares de pessoas e do futuro do planeta”.
O Climáximo anunciou ainda a criação de uma “rede de resposta rápida a incêndios e ondas de calor” para este verão, com ações que pretendem tanto apontar responsabilidades políticas como prestar apoio direto às populações afetadas. O grupo apela à participação da sociedade civil para enfrentar o que considera ser “uma injustiça profunda”.
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