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De acordo com a investigação, que começou no início deste ano, foram expostos cerca de 30 conjuntos de dados, contendo cada um, em média, 550 milhões de registos.

Apesar de a origem destas ‘passwords’ ainda não ser totalmente conhecida, alguns destes dados são utilizados para o acesso a redes sociais, plataformas empresariais, VPNs e outros ‘sites’.

De acordo com a Cybernews, os dados foram expostos por um curto período de tempo e não foi revelada a identidade de quem estava a controlar esta informação.

O conjunto de dados mais pequeno continha cerca de 16 milhões de registos, enquanto o maior, relacionado com a população lusófona, tinha mais de 3.500 milhões.

Alguns destes grupos estavam catalogados apenas com designações como “credenciais” ou “logins”, outros indicavam os serviços com os quais estavam relacionados.

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Os investigadores descobriram um grupo, com mais de 455 milhões de registos, com origem na federação russa e outro, com cerca de 60 milhões, do Telegram.

“O aumento do número de dados expostos através de ‘infostealers’ […] pode ser um sinal de que os cibercriminosos estão a deixar de utilizar algumas opções que antigamente eram populares [para roubar estes dados], como os grupos de Telegram”, apontou o investigador da Cybernews, Aras Nazarovas.

Os ‘infostealers’ são ‘malwares’ (‘softwares’ criados para prejudicar um sistema informático e utilizadores) que invadem ‘e-mails’, carteiras de criptomoedas e outras contas para roubar informações dos utilizadores.

Para além dos dados pessoais, como nomes e números de telefone, estes ‘softwares’ roubam dados de pagamento, fotos e documentos pessoais, históricos de navegação e passwords.

A Cybernews, um meio de comunicação independente, formado por jornalistas e especialistas em segurança, recomendou aos utilizadores que alterem as suas palavras-chave e que ativem a autenticação de dois fatores, que exige uma segunda forma de identificação para confirmar a identidade.

Por outro lado, os utilizadores devem monitorizar, com frequência, as suas contas e entrar em contacto com o apoio ao cliente sempre que forem detetadas atividades suspeitas.

A Lusa contactou o Centro Nacional de Cibersegurança e aguarda uma resposta.