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A evolução é rápida, e ainda não houve tempo suficiente para avaliar o impacto completo, mas a tendência é clara: abrir a porta à IA nas sociedades de advogados.

Depois de conversar com as equipas e deixar claro que esta tecnologia vai ser uma aliada — e não uma substituta —, chega a altura de contratar o “estagiário com superpoderes”. É assim que nasce a necessidade de trabalhar com plataformas de IA e legal techs.

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Mas afinal, o que são legal techs? São empresas ou soluções tecnológicas que implementam inovação digital no setor jurídico, com o objetivo de tornar os serviços legais mais eficientes, acessíveis e automáticos.

“É impressionante o impacto que uma ferramenta de inteligência artificial tem na velocidade com que conseguimos executar todas as tarefas. Estas ferramentas dão aos advogados um verdadeiro superpoder: o de trabalhar de forma muito mais rápida e eficiente”, sublinha Paula Gomes Freire, Managing Partner, VdA.

A aplicação de tecnologia para apoiar ou melhorar os serviços jurídicos já é uma realidade — e em Portugal começam a surgir startups que desenvolvem estas soluções. As firmas podem optar por soluções próprias ou recorrer a outsourcing, através de parcerias com legal techs especializadas.

Como se chega ao número de 520 mil milhões de euros?

  • Os programas da UE apoiaram startups europeias com 12 mil milhões de euros.
  • As startups que foram alvo desse investimento angariaram adicionalmente 70 mil milhões de euros em capital de risco.
  • Nestas rondas de investimento, as startups visadas conseguiram uma avaliação total de mercado de cerca de 520 mil milhões de euros.
  • Este valor representa 10% de todas as startups apoiadas por capital de risco na Europa.

Quando se opta por procurar fora, o maior desafio é fazer a aposta certa. Desenvolver e implementar estas soluções traz custos e riscos — razão pela qual muitas sociedades ainda se encontram numa fase piloto.

“O mercado tem explodido, há muita oferta. Às vezes, a maior dificuldade para quem lidera uma organização é perceber qual destas ferramentas vale a pena testar e qual pode ser adotada de forma transversal. Por isso é tão importante fazer pilotos. Estamos sempre à procura das melhores soluções”, afirma Paula Gomes Freire, Managing Partner da VdA.

5 soluções de IA já utilizadas por sociedades de advogados

  • LegaU – Startup portuguesa que desenvolve uma solução informática para facilitar o acesso a serviços jurídicos e melhorar a eficiência de escritórios e sociedades no desempenho das suas funções.
  • NeuralShift – Startup portuguesa que aplica IA e machine learning à pesquisa de leis e jurisprudência (legal research). O produto principal, Affine, é uma plataforma avançada de pesquisa jurídica que permite encontrar e analisar rapidamente informação legal relevante.
  • My Data Manager – Consultora multidisciplinar que cria soluções focadas no cumprimento legislativo (compliance), promovendo a integridade, ética e transparência dentro das organizações e na relação com clientes, parceiros e fornecedores.
  • Devido às semelhanças linguísticas, algumas sociedades de advogados portuguesas têm estabelecido parcerias com legaltechs brasileiras promissoras, como:
  • Jusbrasil – Plataforma que permite aceder a uma vasta base de dados de jurisprudência, doutrina, modelos e peças processuais, facilitando a fundamentação jurídica.
  • Inspira – Organiza e analisa dados de jurisprudência, oferecendo insights que tornam a prática jurídica mais inteligente e eficiente. Foi a primeira legaltech da América Latina (e a primeira da história) a vencer a competição PITCH no Web Summit.

Em Portugal, a Associação Portuguesa de Legaltech e a lawTECH têm procurado criar pontes entre legaltechs, advogados, departamentos jurídicos, escritórios e estudantes, com o objetivo de trazer inovação à Advocacia e à Justiça.