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“Este pequeno conto tem por pano de fundo a peregrinação a Santiago de Compostela, que se cruza com o mistério de um tímpano gravado em baixo-relevo no pórtico da capela de São Cristóvão do Rio Mau, em Vila do Conde”, descreveu o autor da obra, Duarte de Lima Mayer.
O conto “A Rainha Santa e o Mistério de São Cristóvão do Rio Mau” será apresentado publicamente na Igreja de Santa Isabel, em Lisboa, na próxima quinta-feira, véspera do dia consagrado à Rainha Santa.
“São Cristóvão abençoa os viajantes, sobretudo os que têm que atravessar rios maus, pelo que não me custou muito imaginar Santa Isabel cruzar-se aí com uma truta, desafiando as correntes do rio, e aí reconhecerem-se como num espelho uma à outra, e a redenção dá-se justamente a partir desse rio bom, que é o Mondego, desde a cidade dos choupais, suavemente até à Foz”, descreveu o autor.
A sessão de apresentação do conto - da autoria de Duarte de Lima Mayer e ilustrado por Mara Silva - contará com a participação do Padre Mário Azevedo, docente universitário, Sofia Távora, advogada, e com um apontamento musical de Hugo Paiva, violoncelista da Orquestra Gulbenkian.
Para a cidade de Coimbra, onde se centram as festividades dos 700 anos da Peregrinação e os 400 anos da canonização da Rainha Santa, está também em preparação uma apresentação, em parceria com a Confraria da Rainha Santa Isabel, cuja data será brevemente anunciada.
A data da publicação deste conto coincide com a celebração dessa mesma efeméride, a que se junta outra, a da canonização, há precisamente 400 anos, da rainha considerada padroeira dos pobres, mensageira da paz e exemplo de liderança feminina.
Isabel de Aragão, mais conhecida como a Rainha Santa, nasceu em 1271, na poderosa Corte Aragonesa, tendo chegado a Portugal com apenas 12 anos para se casar com o rei Dom Dinis.
Num tempo marcado pela pobreza extrema, doenças, guerras e escassez de conforto, Isabel de Aragão escolheu viver a sua missão de rainha com uma dedicação singular aos mais pobres, aos doentes e aos desamparados.
A sua vida foi marcada pela fundação de hospitais, ajuda direta aos necessitados e a famosa lenda do milagre das rosas, símbolo do seu espírito caritativo.
Destacou-se também como mediadora de conflitos, promotora da paz entre reis, príncipes e irmãos em luta, usando a sua influência para evitar guerras e derramamento de sangue.
Faleceu em Estremoz em 1336, foi canonizada em 1625 pelo Papa Urbano VIII e é venerada como padroeira dos pobres e mensageira da paz.
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