Aos 26 anos, ‘Pogi’ procura igualar os quatro triunfos do britânico Chris Froome e ficar a apenas um dos recordistas Jacques Anquetil, Eddy Merckx, Bernard Hinault e Miguel Indurain.

Vencedor em 2020, 2021 e 2024, o esloveno da UAE Emirates terá como principal rival o dinamarquês Jonas Vingegaard (Visma-Lease a Bike), o homem com quem alternou nos dois primeiros lugares nas últimas quatro edições.

Apesar de ter uma ‘super’ equipa a escudá-lo, o campeão de 2022 e 2023 parte teoricamente em desvantagem, uma vez que teve uma temporada discreta, em que só venceu a Volta ao Algarve e esteve três meses sem competir, após cair no Paris-Nice.

No regresso à estrada, no Critério do Dauphiné, Vingegaard foi derrotado de forma clara por Pogacar, que optou por correr clássicas e saiu vitorioso da Volta a Flandres, Flèche Wallone, Liège-Bastogne-Liège e Strade Bianche, acabando no pódio de todas as corridas em que participou.

Neste Tour, que arranca hoje em Lille, para 3.338,8 quilómetros exclusivamente franceses até Paris, onde a 112.ª edição termina em 27 de julho, o campeão mundial de fundo contará, como no ano passado, com o apoio do português João Almeida.

Apostado em ‘destruir’ o pelotão para levar o seu líder ao ‘tetra’, o ciclista de A-dos-Francos, de 26 anos, abdicou de objetivos pessoais, mas ainda assim é um dos principais candidatos ao pódio, que ‘falhou’ apenas por um lugar em 2024.

"Chego numa boa forma física e vou dar o meu melhor, mas também não vou com o objetivo de fazer um resultado. Se fizer, é sempre secundário e vou sempre com o objetivo de destruir aquele pelotão naquelas subidas para o Tadej ficar na melhor posição possível. Não muda muito, mas não é a mesma coisa", disse o português.

Almeida, recorde-se, fez história no ciclismo mundial ao ser o primeiro corredor a ganhar, na mesma época, as Voltas à Suíça, Romandia e País Basco, mostrando-se a um nível superior, por exemplo, ao de Remco Evenepoel (Soudal Quick-Step), o duplo campeão olímpico que foi terceiro no ano passado.

Na lista de candidatos ao pódio figura também Primoz Roglic (Red Bull-BORA-hansgrohe), o esloveno que é campeão em título e recordista de vitórias da Volta a Espanha e que desistiu das suas três últimas participações do Tour devido a queda.

A 112.ª edição da ‘Grande Boucle’ será também a 22.ª grande Volta de Nelson Oliveira (Movistar), o português que é recordista de participações nas três corridas de três semanas, e a última do britânico Geraint Thomas (INEOS), campeão em 2018, ‘vice’ em 2019 e terceiro em 2022.

O primeiro líder deste Tour será decidido no final dos 184,9 quilómetros com início e final em Lille, onde, pela primeira vez desde 2020, um sprinter terá a oportunidade de vestir a camisola amarela.

*Com agências