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Segundo a reportagem, muitos adeptos, especialmente os mais jovens, recorrem aos telemóveis para seguir estatísticas, decisões de árbitros e imagens de outros jogos, mesmo enquanto assistem a jogos ao vivo. O fenómeno torna-se mais evidente com ferramentas como o VAR, redes sociais e aplicações de bilheteira, que facilitam o acesso instantâneo a informações e resultados.
Christine Rosen, autora do livro "The Extinction of Experience", citado pela reportagem, alerta que a tecnologia personalizou tanto a nossa vida que perdemos paciência e a capacidade de esperar, diminuindo a atenção aos momentos em frente aos nossos olhos. Antes, deslocar-se para jogos fora implicava esforço, tempo e paciência, fatores que tornavam cada partida mais especial e social. Hoje, com transporte e tecnologia mais acessíveis, os adeptos podem seguir jogos à distância ou recorrer a múltiplas fontes online, perdendo parte da interação humana e do ambiente do estádio.
O artigo sublinha que, embora a tecnologia tenha trazido comodidade, como bilhetes digitais e atualizações em tempo real, existe um custo oculto: a perda da atenção, da paciência e da experiência coletiva que caracteriza o futebol presencial. Para os adeptos, os momentos de tédio, espera e observação atenta são essenciais para apreciar plenamente os lances memoráveis e a imprevisibilidade do jogo.
Como conclui a reportagem: “Ser um adepto verdadeiro significa olhar para o relvado, notar os detalhes e interagir com outras pessoas. Só assim se descobre o único e memorável, tornando-nos verdadeiramente fãs”
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