Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, tem vindo a conversar com os seus homólogos Vladimir Putin, líder russo, e Volodymyr Zelensky, da Ucrânia, no sentido de terminar com a guerra iniciada em 2022 em território ucraniano.

Qual a notícia?

Esta segunda-feira, o Presidente norte-americano, Donald Trump, afirmou que o homólogo russo, Vladimir Putin, "ficou completamente louco" e avisou que qualquer tentativa de conquistar todo o território ucraniano vai levar "à queda" da Rússia.

“Sempre tive muito boas relações com o Presidente russo, Vladimir Putin, mas algo aconteceu com ele. Ficou completamente LOUCO!”, escreveu Trump, no domingo, na sua rede social, Truth Social, fazendo uso das habituais letras maiúsculas.

“Sempre disse que ele quer TODA a Ucrânia, não apenas parte dela, e talvez isso esteja a revelar-se verdade, mas, se ele o fizer, isso levará à queda da Rússia!”, acrescentou.

De acordo com a força aérea da Ucrânia, o país foi atingido, na madrugada de domingo, por um ataque de 367 projéteis, incluindo 69 mísseis e 298 drones, após outros ataques maciços na noite anterior.

As autoridades ucranianas registaram 13 mortos.

“[Putin] está a matar desnecessariamente muitas pessoas, e não estou a falar apenas de soldados. Mísseis e drones estão a ser disparados contra cidades ucranianas sem qualquer motivo”, denunciou Trump.

Como reagiu a Rússia?

O porta-voz do Kremlin, a sede da presidência russa, Dmitri Peskov, desvalorizou a reação de Trump na conferência de imprensa telefónica de hoje, qualificando-a como emocional.

“Este é um momento muito importante que está ligado, naturalmente, à carga emocional de absolutamente toda a gente e a reações emocionais”, disse Peskov.

Sobre os ataques, disse que Putin “toma as decisões que são necessárias para garantir a segurança do país”, segundo a agência de notícias espanhola EFE.

A Rússia intensificou os ataques contra a Ucrânia desde sábado, batendo “recordes” consecutivos em relação aos ‘drones’ utilizados, numa altura em que os Estados Unidos estão empenhados em juntar as duas partes.

E houve outros desenvolvimentos?

Sim. O chanceler alemão, Friedrich Merz, disse hoje que a Alemanha passa a estar entre os países que já não impõem à Ucrânia a condição de não utilizar armas alemãs contra alvos militares na Rússia.

"A Ucrânia pode agora defender-se, por exemplo, atacando posições militares na Rússia", disse Merz, embora tenha evitado esclarecer se o seu Governo entregará mísseis de longo alcance Taurus à Ucrânia, como tinha prometido antes de se tornar chanceler.

"Já não há limitações de alcance para as armas fornecidas à Ucrânia, nem pelos britânicos, nem pelos franceses, nem por nós, nem pelos americanos", explicou Merz, referindo-se a medidas que tinham sido tomadas por outros países em 2024.