Segundo Zelensky, foram lançados mais de 440 drones e 32 mísseis contra a capital ucraniana, provocando a destruição de uma secção inteira de um prédio residencial. Equipas de emergência continuam no terreno à procura de sobreviventes entre os escombros. A cidade portuária de Odessa, no sul do país, também foi atingida, tendo sido confirmadas mais duas vítimas mortais naquele local.

De acordo com o presidente, "uma área inteira de um prédio de apartamentos" foi destruída, e as equipas de emergência procuravam sobreviventes entre os escombros.

"Putin só faz isto porque pode continuar a guerra. Ele quer que a guerra continue", declarou Zelensky, referindo-se ao presidente russo.

Jornalistas da AFP em Kiev relataram o som de drones a sobrevoar a cidade, seguido de explosões causadas pela ação dos sistemas de defesa aérea ucranianos.

Dezenas de habitantes de Kiev procuraram abrigo numa estação de metro, alguns acompanhados pelos seus animais de estimação.

"Foi a noite mais infernal de que me recordo", disse Alina Shtompel, estudante de 20 anos, à AFP.

O Ministério da Defesa russo confirmou ter realizado um "conjunto de bombardeamentos com armamento de alta precisão por ar, terra e mar, assim como ataques com drones, contra instalações da indústria militar na região de Kiev".

As autoridades municipais indicaram inicialmente 16 mortos, mas o número foi depois revisto para baixo após operações de busca e identificação.

"O número final é de doze mortos nos ataques noturnos russos à Ucrânia", escreveu o ministro do Interior ucraniano, Igor Klimenko, no Telegram. "Dez morreram em Kiev e outras duas foram retiradas de entre os escombros em Odessa", acrescentou.

"Pessoas debaixo dos escombros"

Os ataques russos atingiram "27 locais em vários distritos da capital", indicou Klimenko.

O responsável referiu ainda que foram atingidos "edifícios residenciais, estabelecimentos de ensino e infraestruturas críticas".

Durante as primeiras horas de terça-feira, o presidente da câmara de Kiev, Vitali Klitschko, confirmou a morte de um cidadão norte-americano de 62 anos no distrito de Solomianski.

Em Odessa, cidade portuária no sul do país, o governador regional, Oleg Kiper, informou que pelo menos 13 pessoas foram hospitalizadas devido aos bombardeamentos, e algumas "podem estar presas debaixo dos escombros".

A Rússia mantém os ataques contra a Ucrânia apesar dos esforços dos Estados Unidos para negociar um cessar-fogo, mais de três anos após o início do conflito.

As negociações de paz entre Moscovo e Kiev continuam bloqueadas, com ambas as partes a manterem posições inflexíveis.

Moscovo rejeitou o apelo ucraniano e europeu por uma trégua "incondicional", enquanto Kiev recusou as exigências russas, que classificou como "ultimatos".

As autoridades russas também anunciaram restrições temporárias ao espaço aéreo em torno de quatro aeroportos de Moscovo.

Zelensky afirmou na segunda-feira que esperava reunir-se com o seu homólogo norte-americano, Donald Trump, para discutir a compra de equipamento militar pela Ucrânia, à margem da cimeira do G7 no Canadá.

Contudo, o encontro não se realizou, uma vez que Trump encurtou a sua visita após assinar a declaração conjunta do G7.

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