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O Presidente russo, Vladimir Putin, afirmou esta quinta-feira que está disponível para um encontro com o seu homólogo ucraniano, Volodymyr Zelenskyy — mas apenas quando as negociações estiverem prestes a concluir. “Não faz sentido sentarmo-nos à mesa para prolongar conversas intermináveis. O objetivo é pôr fim ao conflito”, cita o The Guardian.
Apesar desta abertura, o tom geral das declarações de Putin foi tudo menos pacificador. Ao longo de uma sessão com jornalistas estrangeiros, o líder do Kremlin voltou a insistir que Zelenskyy não é o presidente legítimo da Ucrânia, uma acusação habitual no seu discurso.
Quando questionado sobre a posição da Rússia face aos ataques israelitas contra o Irão, contrastando com os bombardeamentos russos que vitimam civis ucranianos, Putin defendeu que os alvos da Rússia são exclusivamente infraestruturas militares, como fábricas de armamento. Isto apesar de, nos últimos dias, um edifício residencial com nove andares ter sido atingido, causando várias vítimas mortais.
Putin também alertou a Alemanha para não fornecer mísseis de longo alcance do tipo Taurus à Ucrânia, advertindo que tal decisão poderia arrastar Berlim para um confronto direto com Moscovo — algo que, segundo o Presidente russo, não travará o avanço das suas forças no terreno.
“As nossas tropas continuam a progredir em toda a linha da frente”, declarou, reforçando que a Ucrânia terá de aceitar as condições russas para alcançar a paz, sob pena de enfrentar exigências ainda mais duras no futuro. “Se recusarem, as consequências poderão ser ainda mais difíceis.”
Sobre a NATO, Putin rejeitou que o reforço militar da Aliança constitua qualquer perigo para Moscovo, garantindo que a Rússia está preparada para se proteger: “Temos os meios necessários para garantir a nossa segurança.”
A fechar, aproximou-se do antigo Presidente norte-americano Donald Trump, apoiando a ideia várias vezes repetida de que, se estivesse na presidência em 2022, a guerra na Ucrânia nem teria começado. “É bem possível que, com Trump na Casa Branca, o conflito nunca tivesse acontecido”, concluiu.
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