Segundo a SIC Notícias, os detidos, quatro inspetores e um gestor da AT, são suspeitos de tráfico de droga nos portos de Setúbal e Sines. Depois de passarem a noite na cadeia anexa à Polícia Judiciária, estiveram hoje no Tribunal Central, até ser dada ordem para se apresentarem ao juiz Francisco Coimbra, que depois apresentou as medidas de coação.

  • termo de identidade e residência;
  • obrigação de se apresentarem três vezes por semana no OPC (orgão de polícial criminal) das suas áreas de residência;
  • suspensão do exercício de funções públicas;
  • proibição de contactos, por qualquer meio, diretamente e/ou indiretamente, com os demais arguidos; e,
  • proibição de se ausentarem para o estrangeiro, devendo para tal entregar os seus passaportes, no prazo de 10 dias, na secção onde os autos correm termos (DCIAP).

As detenções foram realizadas fora de flagrante delito, ocorreram este sábado e são o mais recente desdobramento da operação "Porthos", em curso desde fevereiro.

Os detidos são suspeitos de envolvimento em crimes de corrupção ativa e passiva, tráfico de droga e branqueamento de capitais. Segundo a PJ, os indivíduos terão facilitado a entrada de cocaína em território europeu através de contentores marítimos provenientes da América Latina, camuflada entre mercadorias legais.

No decorrer da operação foram executadas seis buscas domiciliárias e apreendidos diversos bens. Os suspeitos deverão ser presentes a tribunal na próxima segunda-feira.

A investigação, coordenada pelo Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP), resultou de cooperação policial internacional e envolveu cerca de 30 inspetores. Desde o início da operação, já foram constituídos 15 arguidos e detidos outros quatro suspeitos. Foram ainda apreendidos mais de 500 mil euros em dinheiro, viaturas, armas de fogo e outros materiais.