Saiba mais em 24noticias.sapo.pt

A informação foi avançada à agência Lusa por fontes europeias e confirmada num comunicado do Partido Popular Europeu — do qual o PSD faz parte –, onde se lê que os ministros das Finanças da União Europeia (UE) de governos de centro-direita “declararam o seu total apoio à candidatura de Paschal Donohoe, para ser eleito presidente do Eurogrupo para um novo mandato”.

A posição surge quando, além de Paschal Donohoe, se fala de outros candidatos como o ministro espanhol da Economia, Comércio e Empresas, Carlos Cuerpo, e o ministro lituano das Finanças, Rimantas Sadzius, à liderança do Eurogrupo.

Perante tal apoio português à Irlanda, quebra-se um compromisso informal entre Portugal e Espanha de apoio mútuo para altos cargos na UE.

O Eurogrupo é o organismo informal que junta os ministros da área do euro para debater assuntos relacionados com a moeda única.

É necessária uma maioria simples — de 11 votos favoráveis, de 11 países — para eleger o presidente do Eurogrupo, que ocupa o cargo por um período de dois anos e meio.

Depois de eleito, o presidente é responsável por presidir às reuniões do Eurogrupo e estabelecer as ordens do dia dessas reuniões, elaborar o programa de trabalho a longo prazo e representar o Eurogrupo nas instâncias internacionais.

Desde julho de 2020 que o cargo é ocupado pelo ministro irlandês das Despesas Públicas, da Execução do Plano Nacional de Desenvolvimento e da Reforma, Paschal Donohoe.

Foi reeleito em dezembro de 2022.

Paschal Donohoe sucedeu no cargo ao antigo ministro das Finanças português e atual governador do Banco de Portugal, Mário Centeno, que foi presidente do Eurogrupo entre janeiro de 2018 e julho de 2020.

O Eurogrupo foi criado em 1997.

A posição surge um dia depois de, numa reunião no Luxemburgo, o Eurogrupo ter decidido os critérios formais para a votação, que por se tratar de uma estrutura informal não estão formalmente estabelecidos.

A reunião dos ministros das Finanças do Partido Popular Europeu também decorreu no Luxemburgo, hoje de manhã antes da reunião do Ecofin.

Presente esteve o ministro português da tutela, Joaquim Miranda Sarmento.