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Segundo o Comando Operacional das Forças Armadas polacas, citado pela Al Jazeera, mais de uma dezena de drones violaram repetidamente o espaço aéreo na madrugada desta quarta-feira, levando à mobilização de caças e sistemas de defesa antiaérea.

“Foram usadas armas e estão em curso operações para localizar os alvos abatidos”, indicou o comunicado militar.

O primeiro-ministro Donald Tusk confirmou a operação, referindo estar em “contacto constante” com o presidente, o ministro da Defesa e o secretário-geral da NATO, Mark Rutte.

Já o ministro da Defesa, Wladyslaw Kosiniak-Kamysz, garantiu que “a aviação polaca e aliada” está em ação e que existe coordenação permanente com o comando da aliança atlântica.

Em Kiev, o ministro dos Negócios Estrangeiros ucraniano acusou Moscovo de “escalar” a guerra e de testar a capacidade de resposta ocidental. Andrii Sybiha defendeu que os sistemas de defesa aérea dos países vizinhos da Ucrânia deveriam ser autorizados a abater drones e mísseis ainda dentro do espaço aéreo ucraniano.

Na Polónia, quatro aeroportos, incluindo o de Chopin, em Varsóvia, encerraram temporariamente devido à “atividade militar”, reabrindo na manhã de quarta-feira, com exceção do aeroporto de Lublin, no leste do país.

Entretanto, o governo polaco anunciou também o fecho da fronteira com a Bielorrússia, a partir de quinta-feira, em resposta a exercícios militares conjuntos entre Minsk e Moscovo, conhecidos como “Zapad-2025”. O ministro do Interior, Marcin Kierwinski, afirmou que a fronteira só voltará a abrir quando não houver ameaça para os cidadãos polacos.

A medida motivou protestos diplomáticos de Minsk, que acusou Varsóvia de criar “dificuldades significativas” e de abusar da sua posição geográfica. Também a Lituânia reforçou a proteção das fronteiras com a Bielorrússia e a Rússia, face às manobras militares.