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No Japão, durante o verão escaldante em Osaka, os funcionários da Expo 2025 usam coletes utilitários alimentados por energia solar, equipados com painéis solares ultrafinos e flexíveis desenvolvidos pela Toyoda Gosei (do Grupo Toyota), em parceria com a startup Enecoat Technologies e a fabricante têxtil Seiren. Estes painéis solares de perovskita, que pesam menos de quatro gramas cada, alimentam ventoinhas no pescoço para arrefecer os utilizadores, conta a CNN Internacional.
Ao contrário dos tradicionais painéis de silicone, as células solares de perovskita são leves, económicas, funcionam mesmo com pouca luz (como em dias nublados ou no interior), e podem ser aplicadas em superfícies onde os painéis convencionais não são viáveis, como roupas ou telhados frágeis.
Apesar de a eficiência laboratorial das perovskitas já rivalizar com a dos tradicionais painéis de silicone (acima dos 26%), o grande desafio é a sua durabilidade: degradam-se mais rapidamente com exposição ao calor, humidade ou radiação UV. Investigadores estão a trabalhar em soluções como encapsulamentos de vidro e aditivos estabilizadores. Outro desafio é o uso de chumbo na sua composição, embora o risco de contaminação seja considerado baixo com as devidas proteções.
Na Expo, outras demonstrações da tecnologia incluem postes inteligentes com células curvas da Saule Technologies, painéis em telhados finíssimos da Sekisui Chemical, e fachadas artísticas com painéis de perovskita no pavilhão da Panasonic.
O Japão, que quer produzir 20 GW de energia solar até 2040, aposta fortemente nesta tecnologia promissora, que poderá integrar-se facilmente no quotidiano urbano — desde edifícios a roupas e dispositivos como relógios ou smartphones.
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