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Na passada segunda-feira, o Laboratório da Paisagem, a Escola de Medicina da Universidade do Minho (UMinho) e o Instituto Superior de Saúde (ISAVE), apresentaram um estudo que revela a valorização dos espaços verdes em termos socioeconómicos e no que à saúde mental diz respeito.

“Impacto dos espaços verdes na saúde mental e física”, é o nome do estudo que envolveu 501 moradores perto de áreas verdes municipais de Guimarães e demonstrou que “viver perto de um parque não chega” é preciso frequentá-lo.

A utilização dos parques foi identificada como fator determinante na melhoria dos níveis de ansiedade, stress e sono. A depressão, embora presente, mostra-se mediada por outras variáveis, como o rendimento ou a condição profissional.

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Na atividade física, a proximidade de espaços verdes revela-se importante, pois quanto mais longe as pessoas vivem dos parques, menos tempo dedicam por sessão à pratica de exercício físico moderado.

A análise socioeconómica revela que quem tem mais rendimentos valoriza mais os espaços verdes, mas quem tem menos dinheiro é quem os mais usa. Esta diferenciação aponta para a importância de políticas públicas que promovam a utilização de parques verdes. Os autores do estudo afirmam que não basta construir ou conservar parques, sendo fundamental fomentar a utilização regular.

Pedro Morgado, da Escola de Medicina da Universidade do Minho, considera, em comunicado enviado às redações, que o estudo reforça uma ideia-chave: “a natureza só tem efeito terapêutico quando se transforma em experiência vivida, regular e ativa”. Importa lembrar que a cidade de Guimarães vai ser Capital Verde Europeia em 2026.

Alterações climáticas

O estudo avaliou ainda as emoções associadas às alterações climáticas. As sensações, segundo a análise, mais invocadas pelos vimaranenses foram tristeza (32%) e impotência (23%) seguidas de mágoa, ansiedade e medo. Os utilizadores mais frequentes dos parques são também os que revelam maior preocupação ambiental e uma maior disponibilidade para contribuir financeiramente para soluções: mais de 1% do salário mensal, em média.