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A análise à rede ciclável de Lisboa revela que apenas 24,4% das ciclovias avaliadas apresentam um risco baixo. Mais de metade (53,5%) situa-se num nível médio de risco, 14,9% registam risco elevado e 7,2% são consideradas zonas de risco extremo.
Entre 2019 e 2024, o número de acidentes com bicicletas e trotinetes em Portugal aumentou 48%, e o número de vítimas disparou 278%.
Entre 2019 e 2023, os dados traduzem-se numa média de 42 acidentes por dia, resultando em 11 mortes.
As colisões com veículos motorizados continuam a ser o principal perigo para quem pedala na cidade, enquanto os conflitos entre ciclistas são raros e pouco significativos — em 95,6% dos casos considerados de baixo risco.
As interações com peões também representam um risco reduzido na maioria das situações (cerca de 80%).
A Rua Castilho, a Avenida Almirante Reis e a Avenida de Berna surgem como algumas das zonas prioritárias para intervenção.
Em contrapartida, o Eixo Central, a Praça de Espanha e a Avenida Duque d’Ávila são apontadas como modelos de boas práticas no desenho e implementação de ciclovias.
Entre as recomendações apresentadas pelo ACP estão a construção de ciclovias segregadas do trânsito motorizado, a melhoria da iluminação, a correção de interseções perigosas, a aplicação de medidas de acalmia de tráfego e a requalificação de pavimentos.
O estudo pretende contribuir para as metas traçadas pela Estratégia Nacional para a Mobilidade Ativa Ciclável 2020-2030, que ambiciona reduzir a sinistralidade com ciclistas em 25% até 2025 e em 50% até ao final da década.
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