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A crescente popularidade das bonecas Labubu está a ser explorada por cibercriminosos que criam websites fraudulentos para enganar coleccionadores.
De acordo com a empresa de cibersegurança Kaspersky, foram detectadas lojas online falsas que se fazem passar por retalhistas legítimos, com o objectivo de recolher informações pessoais e financeiras de compradores desavisados, referem em comunicado.
As bonecas Labubu — peluches coleccionáveis e de aparência peculiar, criados pelo artista de Hong Kong Kasing Lung — são vendidas em "caixas mistério" pelas lojas Pop Mart, o único retalhista oficial. Cada caixa traz um boneco surpresa, e a possibilidade de encontrar modelos raros ou de edição limitada tem alimentado um verdadeiro frenesim internacional entre coleccionadores.
Desde abril de 2024, a procura aumentou substancialmente, impulsionada por celebridades e influenciadores. Em alguns casos, bonecas raras têm sido revendidas por mais de 3.000 dólares, especialmente se estiverem novas e na embalagem original.
Este cenário tornou-se um terreno fértil para fraudes. Sites fraudulentos em diversas línguas imitam o visual das lojas Pop Mart e anunciam promoções tentadoras, como "edições exclusivas" ou "importados do Japão", com preços muito abaixo do mercado.
Um dos exemplos mais recentes é um site brasileiro que se autodenomina “loja oficial Labubu” e oferece peluches a 47,90 reais (8,30 euros), valor significativamente inferior ao praticado pelos canais oficiais (15 a 20 euros).
“Os burlões estão a tirar partido da ansiedade dos fãs para obter bonecas raras, recorrendo a estratégias de urgência e páginas bem disfarçadas. Estes sites já surgem em várias línguas, aumentando o seu alcance e eficácia”, alerta Olga Altukhova, Analista Sénior de Conteúdo Web da Kaspersky.
A empresa aconselha os consumidores a comprarem apenas em plataformas verificadas, como os canais oficiais da Pop Mart, e a confirmarem sempre a autenticidade do endereço dos sites. “Evitem clicar em links promocionais de origem duvidosa ou partilhar dados pessoais e bancários sem garantias de segurança”, reforça Altukhova.
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