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"Só é possível reformar o Serviço Nacional de Saúde se formos capazes de capacitar os cuidados primários, valorizando a saúde pública, os cuidados no domicílio e na comunidade, e garantindo que algumas especialidades médicas são oferecidas nos próprios cuidados primários", afirmou à Lusa José Luís Carneiro, que está em visita ao Canadá com Paulo Pisco, adjunto do secretário-geral para as Comunidades Portuguesas.

"Temos de ser capazes de aproximar as respostas das populações", prosseguiu, vincando que o reforço dos centros de saúde é uma condição essencial para aliviar a pressão hospitalar.

Carneiro defende também que é necessário "aperfeiçoar a articulação entre os cuidados primários e os cuidados hospitalares", sublinhando que essa coordenação é indispensável para evitar o "estrangulamento da resposta de emergência hospitalar".

"A situação que se vive, nomeadamente na Península de Setúbal e na Grande Lisboa, é de um autêntico caos", afirmou, apontando especificamente dificuldades nos serviços de obstetrícia, ginecologia e pediatria: "as grávidas têm direito a respostas previsíveis, seguras e atempadas, e isso não está a acontecer".

"Volto a perguntar ao Governo onde está a proposta que lhe fizemos em julho para a gestão coordenada da emergência hospitalar. O primeiro-ministro tem o dever de responder ao PS e de explicar ao país por que razão a proposta não mereceu qualquer avaliação ou decisão", atirou Carneiro.

"A saúde, a habitação, a melhoria dos rendimentos e dos salários, o trabalho digno, os transportes e a mobilidade são prioridades essenciais, mas a saúde está entre as primeiras prioridades de um programa de governação responsável", acrescentou.

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