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De acordo com o Observatório da Federação Portuguesa de Nadadores Salvadores (FEPONS), em 2024 morreram 121 pessoas por afogamento em território nacional.

Apesar de representar uma redução de quase 22% face ao ano anterior, quando se registaram 155 vítimas, este número continua alarmante. A FEPONS considera a descida encorajadora, mas reforça que a prevenção não pode abrandar, defendendo uma resposta coordenada e contínua de toda a sociedade.

A maior parte das mortes ocorreu no mar (41,3%), seguindo-se os rios (31,4%) e os poços (9,9%). Apenas três das 121 vítimas perderam a vida em zonas com vigilância ativa, o que sublinha a importância da presença de nadadores-salvadores nas áreas balneares. Abril foi o mês com mais afogamentos (21,5%).

O relatório mostra também que 76,9% das vítimas eram do sexo masculino, com destaque para os grupos etários entre os 55-59 e os 70-74 anos. A maioria dos casos ocorreu durante a tarde.

Uma das maiores preocupações é a sinistralidade infantil. Julho e agosto são os meses mais críticos no que toca aos afogamentos de crianças, quando o tempo quente e as férias escolares aumentam a exposição a riscos. A vigilância permanente e a educação para a segurança aquática tornam-se, nestes meses, ainda mais urgentes.

A FEPONS destaca o papel dos seus programas de sensibilização e formação — como o SOS Afogamento, o Nadador Salvador Júnior ou a Escola de Segurança Aquática — dirigidos a crianças, jovens e adultos, em colaboração com escolas, autarquias e serviços de saúde.

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Neste Dia Mundial de Prevenção do Afogamento, a mensagem é clara: prevenir é salvar vidas. Educar, informar e vigiar são pilares essenciais para reduzir estas tragédias silenciosas, sobretudo quando sabemos que muitas delas podem ser evitadas.

Cuidados a ter perto da água:

  • Não deixar crianças sozinhas perto da água
    • Mesmo em piscinas rasas ou baldes, bastam poucos segundos e poucos centímetros de água para acontecer um acidente.
  • Nadar apenas em zonas vigiadas
  • Evitar mergulhar em locais desconhecidos
  • Ter. cuidado com correntes e marés
  • Não consumir álcool antes de entrar na água
  • Utilizar coletes salva-vidas quando necessário
  • Manter sempre supervisão ativa
  • Aprender noções básicas de primeiros socorros e RCP
  • Evitar brincadeiras perigosas na água
  • Instalar barreiras e coberturas em piscinas privadas