“Portugal enfrenta uma emergência silenciosa e invisível nas suas próprias casas. Em pleno século XXI, milhares de famílias vivem no frio no inverno e no calor no verão, sem conforto nem segurança térmica”, destacou a organização do evento.

O Convento São Francisco, na cidade de Coimbra, acolhe sexta-feira, o evento nacional “Combater a Pobreza Energética: Conhecimento, Ação e Vozes da Comunidade”.

Segundo a organização, até três milhões de portugueses vivem sem conforto térmico adequado.

“Entre 1,8 e 3 milhões de pessoas estão em situação de pobreza energética, e até 660 mil vivem-na de forma severa. Só em 2023, um em cada cinco portugueses admitia não conseguir aquecer a casa no inverno”, concretizou.

Perante este “contexto alarmante”, o encontro foi pensado para dar voz ao cidadão, bem como para reunir especialistas, decisores políticos, comunidades locais e cidadãos.

Organizado por várias entidades parceiras, entre as quais a ZERO e a Coordenação Nacional da Estratégia Nacional de Combate à Pobreza (ENCP), o evento visa reforçar o conhecimento sobre a realidade e os impactos da pobreza energética em Portugal.

Pretende ainda “dar voz às pessoas e comunidades mais afetadas” e “propor soluções concretas para políticas públicas mais justas, eficazes e participativas”.

A abertura está agendada para as 10:00, com o presidente da Câmara Municipal de Coimbra, José Manuel Silva, e Sandra Araújo, da CN-ENCP.

Durante a manhã, terão lugar dois painéis: o primeiro “O Estado da Pobreza Energética em Portugal” e o segundo “Soluções em Movimento: Projetos e Boas Práticas”.

À tarde, está previsto um espaço para ouvir os cidadãos e uma sessão interativa de cocriação, que promove a procura de caminhos para agir, com grupos de trabalho para a Educação e Literacia Energética, Políticas Públicas e Financiamento, Intervenção Comunitária e Inovação e Iniciativa Privada.

A sessão de encerramento está prevista para as 16:30, com o balanço dos trabalhos e a intervenção de Nelson Lage, da ADENE.