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A organização não governamental está a apelar a mudanças urgentes na forma como a aplicação opera, no que toca aos riscos que a plataforma representa para crianças e jovens.

"O TikTok apresenta-se como uma plataforma online que promove a criatividade e o espírito comunitário, mas pode ser um espaço tóxico e viciante para crianças e jovens, o que pode afetar sua autoimagem, saúde mental, bem-estar e colocá-los em risco de serem expostos a conteúdos que podem desencadear depressão e automutilação", lê-se na introdução da petição, disponível no site da organização.

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Uma investigação conduzida pela Amnistia em novembro de 2023 revelou que, apenas 20 minutos após a criação de uma conta simulando um adolescente de 13 anos com interesse em saúde mental, mais de metade dos vídeos no feed “Para si” estavam ligados a problemas de saúde mental.

"Vários desses vídeos recomendados numa única hora romantizavam, normalizavam ou encorajavam o suicídio", afirma a Amnistia Internacional.

A organização denuncia ainda o modelo de negócio da plataforma, que recolhe dados de forma invasiva para alimentar algoritmos altamente personalizados.

Estes sistemas mantêm os utilizadores em ciclos de consumo compulsivo de conteúdos, aumentando o risco de dependência digital e facilitando a exposição a mensagens prejudiciais.

Apesar de algumas restrições na Europa, como a proibição de anúncios personalizados a menores, estas medidas não se aplicam globalmente. Por este motivo, a Amnistia lançou uma petição que exige ao TikTok ações concretas para proteger os mais novos:

  • Proibir anúncios direcionados a menores de 18 anos em todo o mundo.
  • Deixar de personalizar o feed “Para si” por predefinição, permitindo a escolha com consentimento informado.
  • Solicitar aos utilizadores que indiquem ativamente que tipo de conteúdos querem ver.
  • Criar mecanismos eficazes para limitar a exposição a conteúdos nocivos e reduzir o uso compulsivo da plataforma.

A petição apela diretamente ao CEO do TikTok, Shou Zi Chew, pedindo um compromisso firme com os direitos das crianças e jovens, independentemente da sua localização.