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Caso seja bem-sucedida, a revogação poderá eliminar a forma mais poderosa do governo federal controlar a poluição que causa o aquecimento global e combater as mudanças climáticas.
A revogação foi baseada em parte num relatório escrito por investigadores que passaram anos a semear dúvidas no consenso científico em torno das alterações climáticas.
A descoberta científica de 2009 que está no cerne desta revogação serviu como base para muitas das regulamentações mais significativas da Agência de Proteção Ambiental para proteger a saúde humana e o meio ambiente, e diminuir a poluição climática de carros, centrais de energia e indústria de petróleo e gás.
Na terça-feira, Zeldin falou com orgulho sobre a iniciativa da sua agência de revogar a descoberta de risco como a "maior ação de desregulamentação da história da América". Estas afirmações foram feitas no "Ruthless", um podcast conservador, e referiu-se às mudanças climáticas como dogma e não ciência.
“Isto tem sido chamado basicamente de cravar um punhal no coração da religião da mudança climática”, disse Zeldin.
Além de reverter a medida, a proposta da EPA também quer revogar as regras que regulam as emissões de gases de efeito estufa dos veículos, uma vez que decorrem da lei anterior. A EPA de Biden procurou tornar esses padrões mais rigorosos para incentivar a indústria automobilística a fabricar veículos híbridos e elétricos mais eficientes em termos de combustível.
Segundo a CNN Internacional, os EUA são o segundo maior emissor mundial de gases de efeito estufa e, historicamente, emitiram mais poluição que causa o aquecimento global do que qualquer outro país. Muitas descobertas científicas rigorosas desde 2009 demonstraram que tanto a poluição climática quanto como os efeitos de aquecimento global não estão apenas a ser maus para a saúde pública, mas também a matar pessoas.
Zeldin disse durante o podcast que acredita que a descoberta científica de que as mudanças climáticas ameaçam a saúde humana foi um disfarce usado para atacar indústrias poluentes, e que a descoberta sobre a saúde humana foi "uma maneira simplificada demais, eu diria imprecisa, de descrevê-la".
O governo Trump encomendou um novo relatório sobre mudanças climáticas e ciência climática, anunciou o Secretário de Energia Chris Wright durante uma conferência de imprensa na tarde desta terça-feira.
O Departamento de Energia de Wright contratou recentemente três investigadores que questionaram e até rejeitaram o consenso científico sobre as mudanças climáticas causadas pelo homem, nomeadamente John Christy e Roy Spencer, ambos cientistas da Universidade do Alabama em Huntsville, e Steven E. Koonin, da Hoover Institution da Universidade Stanford.
Christy, Spencer e Koonin também assintam o relatório com o economista canadiano Ross McKitrick e a professora emérita da Georgia Tech, Judith Curry, também considerados autores de opiniões sobre mudanças climáticas que contradizem o consenso científico. O grupo levou cerca de dois meses para concluir o relatório.
Wright disse que a mudança climática “é um fenómeno físico real” que é “digno de estudo” e “até mesmo de alguma ação”.
“Mas o que fizemos não tem nada a ver com a ciência real das mudanças climáticas ou com maneiras pragmáticas de progredir”, disse Wright. “A política das mudanças climáticas reduziu as possibilidades de vida e colocou os negócios em risco”, sublinhou.
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