
A abertura está marcada para 19 e 20 de setembro com “NÔT”, da aclamada coreógrafa Marlene Monteiro Freitas, uma criação estreada no Festival de Avignon que se apresenta como uma fábula tecida a partir de contos de guerra, amor e metamorfoses.
Entre os destaques da temporada, a música volta a ocupar um lugar central. Os dois concertos de Laurie Anderson, ícone da música eletrónica e arte contemporânea, são apontados como momentos imperdíveis — e exclusivos em Portugal. Com o novo espetáculo “X²”, agendado para os dias 12 e 13 de novembro, a artista norte-americana regressa aos palcos com uma proposta que cruza memória, identidade e tecnologia.
Também a 3 de outubro, o cultuado duo espanhol Raül Refree & Niño de Elche apresenta “cru+es”, espetáculo que reinterpreta a música tradicional espanhola num confronto entre dor e alegria, silêncio e ruído. Já a 6 de novembro, Gonçalo Amorim/TEP propõe uma nova leitura do legado de Zeca Afonso com “José Afonso, ao vivo nos Coliseus, 1983”.
No campo da experimentação, o destaque vai para “asses.masses” (27 de setembro), uma experiência performativa com quase oito horas em que o público joga, em direto, um videojogo criado pelos artistas Patrick Blenkarn & Milton Lim, explorando o limite entre o trabalho e o jogo.
A dança contemporânea também marca presença com a estreia nacional de “F*cking Future”, de Marco da Silva Ferreira (4 a 6 de dezembro), uma reflexão coreográfica sobre virilidade, violência e estruturas patriarcais. Em “umuko” (21 e 22 de novembro), a coreógrafa Dorothée Munyaneza convoca cinco jovens artistas do Rwanda para uma celebração ancestral da cura, através do corpo e da palavra.
Além da programação regular, mantém-se a relação com estruturas locais e festivais, como o FIMP – Festival Internacional de Marionetas do Porto, bem como parcerias com a Medeia Filmes, a Instável – Centro Coreográfico, Amplificasom, Lovers & Lollypops e Matéria Prima, sobretudo no ciclo musical Understage, que continua a trazer novas linguagens sonoras ao TMP.
O diretor artístico Drew Klein sublinha que esta é uma temporada marcada por “jogadas ousadas, grandes ideias e gestos enfáticos”, pensada para uma cidade “que não é de temperamento recatado”. Com espetáculos que atravessam o sagrado e o profano, o humano e o desumano, Klein salienta que “a vitalidade da música molda a identidade artística do Porto” e convida o público a deixar-se habitar pelas obras muito depois de sair do teatro.
As Quintas de Leitura também regressam ao Teatro Campo Alegre, com sessões dedicadas à poesia de Jorge Sousa Braga (2 de outubro), ao imaginário infantil (6 de novembro) e a visões do futuro (18 de dezembro).
Os bilhetes para todos os espetáculos entre setembro e dezembro ficam disponíveis a partir de 3 de julho, nas bilheteiras do Rivoli e do Campo Alegre, e online aqui.
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